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quinta-feira, março 27, 2003
Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade hebdomadária (não confundir com o camelo)
28/03/2003 - Edição número 16 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.
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"Por um Desenvolvimento Humano Sustentável!"
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1. Editorial.............................................................Rafael
Luiz Reinehr
2. Espaço místico - A cura das doenças pela medicina interior.....................Daiana
da Silva
3. Pérolas de Herman Hesse para ler e guardar (part I)................Fabiano F. Carvalho
4. A Cartilha do Simplicíssimo (em 20 lições)..................Rafael Luiz
Reinehr
5. Escrever por Escrever XII
(excertos).....................................Rafael Luiz Reinehr
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1. Editorial
Tudo começou com um Roda Viva que vi esses dias. Fui exposto a uma tal de
Hazel Henderson. Futurista, economista alternativa e consultora para assuntos
globais é o que aparece na maio parte de suas entrevistas e artigos que li em seu
site. Resumindo: a mulher é genial (www.hazelhenderson.com) ! Apesar de não
ser acadêmica, ou seja, não ter graduação em Universidade alguma, é uma
sumidade no que tange ao desenvolvimento humano sustentado. Suas palavras
e idéias são absurdamente coerentes e nada impossíveis de se realizar! Basta
boa vontade e começar... Tanto fucei e li que fiquei realmente incitado a realizar
um levante contra a Guerra, ou contra as guerras que vemos por aí. E do que se
trata esse levante?
Hella diz o seguinte: "Somos terrivelmente fortes, cada um de nós. Podemos
fazer uma grande diferença somente indo às compras e recompensando as
companhias socialmente responsáveis". As pessoas pensam que seu direito
de voto, a cada par de anos não faz diferença alguma. Esquecem que votam todos
os dias, às vezes várias vezes por dia. Cada vez que adquirem um produto, quer
seja um detergente, um tipo de margarina ou um carro, estão realizando um voto.
Os consumidores estão fazendo, no momento da compra, decisões acerca do
tipo de mundo no qual querem viver.
Em resposta à crítica do L. F. Veríssimo na Zero Hora de ontem (em relação
ao boicote de produtos americanos, no qual ele cita o mundo extremamente
globalizado no qual vivemos e, na hora de rejeitar uma coca-cola em favor
de uma guaraná (tenho mania de fazer frases longas sem ponto...), diz ele
"antes de tomar um guaraná seremos obrigados a perguntar ao garçom se ele,
por acaso, conhece a composição acionária do fabricante") quero dizer que
pode ser difícil, mas as pessoas aprendem a conhecer quais empresas estão
associadas com produtos "american way of life"; a informação pode ser dada
até no sentido contrário, pelas empresas concorrentes: "produto genuinamente
francês" ou coisa que o valha.
Finalmente hoje, enqualto escrevo estas datilografadas linhas, decidi
organizar um movimento anti-guerra e anti-americanização (ou aculturação),
sendo que o passo inicial é o início gradual, responsável e não utópico (dentro
de limites toleráveis por cada indivíduo) de um boicote a produtos de origem
norte americana. Ora, se nossos governantes estão de mão atadas, pois o
poder bélico e econômico norte-americano é tão avassalador que
amedronta e paralisa boa parte das nações do mundo, mostremos que
podemos minar a tão globalizada economia norte-americana, presente em
todo planeta. Ora vejam só: batatas da liberdade! Vê se tem cabimento!
Não querem vinhos franceses ou alemães? Prefiro água mineral Fonte Ijuí
à Coca-Cola. Prefiro cacetinho bem quentinho ao Seven Boys. Ford, GM?
Lada neles (ops!), quer dizer, Volkswagen e Renault! É claro que temos que
respeitar alguns limites: Fender e Gibson vão ter que continuar na lista de
compras... Vamos mostrar aos gringos que não temos só mulatas e bananas,
temos também culhão para enfrentá-los nos supermercados. Se isso vai dar
certo, se vai haver algum tipo de conseqüência danosa ou não prevista? Difícil
dizer. E se pararem de mandar eletro-eletrônicos para cá? Phillips, Paraguai
e CCE estão aí...
Tudo bem, já vou parar! Pode parecer meio apressado ou meio desgovernado,
mas se alguém me ajudar, pode funcionar...Participe do Fórum com suas idéias:
http://www.forumnow.com.br/vip/foruns.asp?forum=96762
Vai funcionar até 11/04/2003. Aí vai mudar o endereço. Podemos usar também
o blog comunitário politikaos (www.politikaos.blogspot.com) para reuniões virtuais
e discussão de temas afins. Bem, convite feito. Esperem para breve as camisetas
do Movimento (ainda sem nome) Não à Guerra! - Boicote aos Estados Unidos. A
cada dia que vivemos, estamos depositando um voto nas urnas, várias vezes por
dia, em cada ato que realizamos, em cada decisão que tomamos.
Para atingir a famosa definição de saúde da ONU ("saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença
ou enfermidade), como humanos e como grupo humano precisamos mudar muita coisa.
Uma das mais importantes é acabar com a arrogância de uma nação regida por um
governante que insufla cada vez mais na própria nação um ufanismo estéril e doentio,
que sobrepuja valores humanos e éticos em favor de valores econômicos e egoístas.
Hoje em dia temos grandes instituições e enormes corporações nos dizendo o que
nós queremos e porque devemos querer aquilo que, na verdade, elas querem imputar
em nossas vidas, com somas vultuosas em propagandas e campanhas publicitárias,
empurrando-nos goela abaixo sem que possamos ao menos respirar. Devemos nos
voltar para a economia do amor. Aquela guiada pelo altruísmo em uma escala global,
mesmo que esse altruísmo não seja diretamente compensado. Aquela representada
pelo voluntariado, pelas ações sociais independentes dos governos, que movimentam
anualmente (se monetariamente avaliadas) trilhões de dólares em esforços humanos.
As idéias borbulham mas tenho que descer para ver Tolerância, que vai passar
agorinha na TVE...
"There´s a rebel in me... There´s a rebel in you..."
Tentarei escrever o editorial com mais paciência nas próximas vezes... Acaba
ficando um pouco confuso quando escrevo com pressa, sem pensar...
Preciso de alguém que saiba fazer um site legal na Internet, para aquecer
esse movimento anti-egoísta que estamos lançando! Vitória aos justos e de bom
coração!
Rafael Luiz Reinehr
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2. A cura das doenças pela medicina interior
Daiana da Silva
Compreender o funcionamento da mente e transformar os sentimentos
negativos em sabedoria é a mensagem do médico, físico e praticante
de meditação Enio Burgos, que lançou seu quarto livro: Medicina Interior -
A medicina do coração e da mente. A obra, lançada pela Editora
Bodigaya, de Porto Alegre, mostra a influência dos pensamentos na
saúde do corpo e, dessa forma, na vida das pessoas. Para adquirir o
volume, basta entrar em contato com a editora pelo telefone (51) 3222 3888
ou pelo endereço eletrônico www.bodigaya.com.br.
Enio Burgos é natural de Porto Alegre, mas reside há sete anos em Santa
Cruz do Sul, onde atua no Centro Municipal de Atendimento à Sorologia
(Cemas), no tratamento de portadores do vírus HIV. Seu primeiro livro foi
O Buda nos Jardins de Jetavana, escrito em 1995, seguido por Autoencontro,
de 1997 e Fundamentos da Prática de Meditação, lançado em 1999.
Segundo o autor, o último volume lançado “foi uma tentativa foi de pegar as
essências dos ensinamentos verdadeiros colhidos durante toda minha vida”.
Enio pratica meditação há cerca de 20 anos, já tendo tido alguns contatos
com mestres budistas. Em Medicina Interior - A medicina do coração e da
mente, ele reúne conhecimentos da medicina oriental e ocidental, na busca
pela descoberta das causas de diversas doenças que atingem a população.
Segundo ele, na maioria das vezes, os problemas físicos e psicológicos
são tratados exteriormente - o que é um erro. “Estamos sempre buscando
solucionar os efeitos e não a fonte das nossas dificuldades”, explica.
Conforme o médico, enquanto estas dificuldades forem analisadas por um
ângulo externo e superficial, elas jamais terão cura. É aí que entra a medicina
interior que, através da introspecção individual, procura encontrar a causa
para os sentimentos
e emoções negativos que resultam em males físicos e psicológicos. Burgos
frisa que os pensamentos são a grande causa para todos os tipos de
sofrimento. “Descobri que todas as nossas doenças, e até mesmo a maneira
como nosso corpo se desenvolve, estão relacionados com os pensamentos
que produzimos”, comenta.
. “Este livro tem o objetivo de fazer com que cada pessoa comece a enxergar
esse lado sutil dela, que não é tão claro e visível quanto o corpo”, frisa. O
autor ainda acrescenta que o desconhecimento da mente impede o contato
das pessoas com o chamado amor puro e verdadeiro. Este desconhecimento
gera, ainda, os mecanismos de contaminação da mente: a aversão, a inveja,
o apego, o orgulho e a indiferença. Conforme Enio Brugos, tudo isso impede
o ser humano de entrar em contato com o coração.
“Se nós temos pensamentos de apego que se repetem o tempo inteiro, nosso
corpo vai sendo moldado por esse fluxo de idéias, que vão se tornado maiores
e se transformam em emoções”, revela. Estas emoções vão afetar a disposição
física do indivíduo, podendo resultar em moléstias. O primeiro passo para
solucionar estes males, salienta o autor, é o auto-conhecimento, através da
meditação e da conscientização dos pensamentos decorrentes na mente.
“Muitas vezes as pessoas estão adormecidas, vivendo um sonho sem
perceberem”, finaliza.
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3. PÉROLAS DE HERMANN HESSE PARA LER E GUARDAR
(HERMANN HESSE)(PART I)
(compilado por Fabiano F. Carvalho)
- Não se educa recorrendo ao medo.
- Cultivar o medo da guerra é um velho truque daqueles para quem a guerra
significa um negócio e uma fonte de lucros.
- A meu ver, a alegria do heroísmo só é permitida aos que ousam sacrificar
a própria vida. Nos outros, é uma ilusão e até mesmo uma brutalidade que me
envergonha e molesta.
- Considerada a posição do homem face à política, tenho na conta de
verdadeiro parasita o funcionário público que "nem quer ouvir falar de
política". E para mim é um idiota perigoso o soldado que devasta a terra,
que atira nas pessoas, e só vive pensando no heroísmo e na honra militar,
sem nem sequer cogitar do valor do sangue derramado e das cidades
destruídas. A maioria dos funcionários e soldados assim pensam e, neste
ponto, tanto valem uns como os outros.
- Todo dinheiro é roubo. Toda propriedade é injusta.
- Não se destrói uma acusação pelo simples fato de não se poder provada
juridicamente.
- Sempre fui a favor dos oprimidos e contra os opressores; a favor dos
acusados e contra os juízes; a favor dos que padecem de fome e contra os
nababos.
- Para mim, o uso da força é proibido em quaisquer circunstâncias, ainda
que no interesse do "Bem".
- O lado em que operam os canhões nunca é o lado certo.
- O macio é mais forte que o duro. A água, mais forte do que a rocha. O
amor, mais forte do que a violência.
- Quando um jovem inteligente, anos após anos, por toda a vida, foi tratado
com violência, foi espancado, assustado, esmagado, angustiado, se aparece,
então, um salvador e liberta este jovem de tanto sofrimento, não deve seu
benfeitor esperar que ele lhe manifeste o desejo de se tornar, um dia, juiz
ou, de qualquer modo, ser útil à sociedade. Talvez mesmo comece por
incendiar uma casa ou cometer qualquer outro crime.
- Temos a esperança de que os verdadeiramente geniais consigam cicatrizar
suas feridas e venham a ser homens que, apesar da escola, realizarão grandes
obras e, mais tarde, quando já estiverem mortos e sepultados na sombra do
além, sejam apresentados às futuras gerações pelos mestres da época como
verdadeiros modelos e exemplos. E assim, de colégio em colégio, vai se
repetindo o jogo da luta entre a lei e o espírito. E vemos sempre o Estado e
a escola empenhando-se sem cessar em cortar as asas aos poucos alunos
realmente profundos e talentosos. E sempre são sobretudo os mais detestados
de seus mestres, os mais perseguidos, os que fugiram da escola, os que por
isso foram punidos - são esses precisamente os que irão tornar mais rico o
patrimônio de seu povo. Muitos, porém - e não sabemos quantos! - consomem-se
e sucumbem nesta dura luta.
- Não exijo que, no futuro, os intelectuais sejam equiparados aos prósperos
homens de negócios. O intelectual não deve sentar-se à mesa dos ricos nem
compartilhar de seu luxo. Deve ser mais ou menos um asceta. Não deve ser por
isso ridicularizado, e sim respeitado. E deve ser-lhe proporcionado,
espontaneamente, o mínimo de segurança material, como quando, nos tempos em
que a cultura se refugiava nos claustros, o religioso, sem ter posse de bens
materiais, podia entretanto viver e, na proporção de seus méritos,
compartilhava da fama e da autoridade de sua Ordem. (...)
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4. A Cartilha do Simplicíssimo (em 20 lições) - O seu curso de
aperfeiçoamento na Última Flor do Lácio
Rafael Luiz Reinehr
Lição número 11
Os óculos são do vovô.
Êle põe os óculos para ler.
O vovô só pode ler bem de óculos.
óculos ó
Na feira vendem-se correntes.
O pai comprou uma corrente.
Os elos da corrente são fortes.
Cada elo é forte.
Por isso a corrente é forte.
elo é
Nida prendeu o cachorro na corrente.
Mas um elo da corrente quebrou-se.
O cachorro foi embora.
Nida encontrou o cachorro na roça.
Eu moro no sítio.
Lá a vida corre sossegada.
Eu gosto da vida sossegada.
Tomo café na caneca.
Faço comida em panelas de ferro.
Lá tenho botas de couro.
Tenho chapéu de palha.
As botas de couro são novas.
Mas o chapéu de palha é velho.
No sítio tenho um barracão.
O teto do barracão é de sapé.
Tenho sete galinhas e nove porcos.
POrcos e galinhas gostam de milho.
O relógio de vovô fica na parede da sala.
No canto temos um pote de barro.
Perto do pote fica um copo.
Bebemos no copo.
é vé dé lé té mé pé sé né fé bé ré pré tré bré qué
ó vó dó ló tó mó pó só nó fó có bó gó ró pró tró
Ana e Paulo foram à feira porque tinham de comprar fubá e farinha de trigo.
Ana foi comprar fubá.
Pensando que Ana ia comprar farinha de trigo, Paulo também comprou fubá.
Como riram depois!
Riram por terem comprado tanto fubá.
Paulo estava lendo na rua.
Não é bom ler na rua.
Êle então entrou na sala para ler.
Entrou e sentou-se.
Agora, Paulo está lendo na sala.
O dia estava lindo e fomos à roça.
A roça ficava do outro lado do rio.
Mas não era longe.
Fomos procurar semente.
Achamos muita semente na roça.
A cebola fica dentro da terra.
Só as fôlhas da cebola ficam aparecendo.
Eu não gosto do cheiro da cebola.
Um jarro está na janela.
No jarro estão as violetas.
Gosto do cheiro das violetas.
Quem pôs as cenouras aí?
Foi a Cecília.
Ela preparou o jantar bem cedo.
Preparou salada com cebola e cenoura.
Depois foi ao cinema na cidade.
Cecília esqueceu as cenouras no chão de cimento.
jarro ja Ja
cebola ce
a ó ê u ô é i
ja jo je ju jo je ji
- - ce - - ce ci
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5. Escrever por Escrever XII (excertos)
Rafael Luiz Reinehr
{30/04/2001 - Segunda-feira - 20:27}
Entre um banho rápido e uma festinha na casa da Rita, dá pra escrever um
pouquinho...
Uma coisa sobre a qual quero escrever em breve é sobre o valor relativo dos
serviços nesta cidade e, creio, no país em geral. Quero mencionar as
discrepâncias entre um serviço técnico e um serviço profissional oferecido
por uma pessoa graduada e ainda entre serviços que exigem mínima
responsabilidade e especialização. Só como exemplos, deixo os valores ganhos
por alguns profissionais (ou nem tanto):
1. Instalador de persiana: R$ 80,00 por 30 min de serviço
2. Retirar o rádio do carro: R$ 80,00 por 30 min de serviço
3. Passar roupa: R$ 8,00 a 12,00 por 1 h de serviço
4. Digitar 1 página de um trabalho: R$ 1,00 a 1,50 por página (10 páginas
por hora = R$ 10,00 a 15,00 por hora)
5. Médico: R$ 10,00 a 20,00 em plantão de Emergência ou em Clínicas 24h por
1 hora de serviço
Também quero fazer um contículo usando como personagens figuras de
linguagem, ou figuras de estilo, como o pleonasmo, o anacoluto, a metáfora e
a metonímia, a perífrase e a sinestesia, a elipse, o polissíndeto e assim
por diante. Vai ser legal! Às vezes me pergunto de onde será que virão
tantas idéias assim... Gostaria de ter mais tempo de pô-las em prática...
Hoje comprei três livros no Shopping Iguatemi:
- "O Livro das Idéias - Um dicionário de teorias, conceitos, crenças e
pensadores, que formam nossa visão de mundo", de Chris Rohmann, que dá uma
breve descrição e histórico de temas como Anarquismo, Aristóteles, bruxaria,
Buda, cibernética, Darwin, Einstein, Freud, imperialismo, informática,
misticismo, monetarismo, paradigma, Platão, sionismo, teoria do caos, teoria
dos jogos, totalitarismo, universo em expansão, zen budismo e por aí em
diante. Beeeeeem interessante.
- "História do Pensamento Ocidental - A aventura das idéias dos
Pré-socráticos a Wittgenstein", de Bertrand Russell, que conta a história de
um ponto de vista cronológico, dos grandes pensadores clássicos, passando
pelos pensadores medievais e chegando nos modernos e nos cági contemporâneos
como Ayer e Wittgenstein.
- "Mais Platão Menos Prozac - A Filosofia aplicada ao cotidiano", de Lou
Marinoff, "filósofo prático", mostra como identificar um problema, expressar
emoções construtivamente, analisar opções, contemplar uma filosofia que
ajude a escolher e viver com a melhor opção e, por fim, resgatar o
equilíbrio pessoal. Que loucura! Olha só meu novo livro de cabeceira! Agora
vou correlacionar de forma fantástica o meu trabalho como médico e meus
estudos filosóficos. Como dizia Epicuro: "Quanto às Doenças da Mente, a
Filosofia lhes ofereceu Remédios; sendo, nesse aspecto, justamente
considerada a Medicina da Mente".
Bom, a Tati tá vindo me buscar. Amanhã escrevo mais... {30/04/2001 -
Segunda-feira - 20:57}
{04/05/2001 - Sexta-feira - 01:01}
Pois zé! Segunda a janta tava legal. O Humberto, meu colega nos ensinou uma
forma de abordagem de mulheres: a do "Pianista Russo". É mais ou menos
assim: 2 caras; um é o pianista russo e o outro é um brasileiro que passou 6
meses na Rússia em um Liceu se especializando em Tchaikowski. Então o
brasileiro puxa assunto com as meninas da forma que lhe convier, como por
exemplo perguntando se elas tem fogo, sempre com o "pianista russo" do lado.
Em um dado momento (é importante o timing) o pianista russo pergunta algo em
russo para o pianista brasileiro (em uma espécie de fake de russo) e este
responde prontamente. É claro que isso vai chamar a atenção das meninas, que
vão querer saber o que está acontecendo. Aí entra o baita 171, onde o
brasileiro conta toda essa impressionante e fantasiosa história para
impressionar as gatinhas. Se funciona? Diz o Humberto que sim. Será?
Depois iríamos ao Opinião, mas acabamos ficando na frente e não entramos.
Vim pra casa, Internet e TV. Minha página do Simplicíssimo está agora quase
pronta graças ao meu trabalho de terça.
Terça dormi até às 14:00. Computador, TV e cama. Às 18:00 mais ou menos a
Cris ligou. A convidei para vir aqui. Ela escutou música e eu arrumei alguns
papéis lá em cima. Depois fomos jantar na Cia das Pizzas do Assis Brasil
Strip Center e depois nosso objetivo era ir no Sarau Elétrico do Ocidente,
onde o Olívio ia declamar poemas sobre o dia do trabalho, mas chegamos
tarde. Acabamos indo no Gayon, no Nova Boiolaria, ali na GLS (General Lima e
Silva), no bairro Cidade Bicha. Tomamos uns chopes eu, a Cris e uma amiga
dela, a Simone, intensivista no HCPA.
Quarta dia normal, aula à noite, hoje também. Não teve aula, acabei indo no
Instituto Göethe e assisti um projeto chamado "Sons Transgênicos",
organizado pelo pessoal do Instituto de Artes da UFRGS, uma mistura de sons
eletrônicos com dodecafonia e atonalidades puras, misturado com um mostra de
Super 8. Bem legal, mas eu esperava um pouco mais. O que mais me chamou a
atenção foi o Theremim, aquele instrumento musical que modula um som
contínuo de acordo com a proximidade da mão. Bem legal. Até fiz uns versos
perversos:
Eu quero obter um theremim
Eu quero ter, ter a mim
Mim quer obter um theremim
Mim quer ter, ter a mim
And so long... {04/05/2001 - Sexta-feira - 01:21}
{05/05/2000 - Sábado - 12:46}
Cinco de maio... Como passa rápido o tempo! Bem...
Quinta à noite entrei no Almas Gêmeas do Terra (antigo ZAZ) para procurar
uma pessoa e acabei encontrando outras... Algumas meninas escreveram coisas
bem legais! Escrevi para elas. Ontem recebi resposta de duas. Pelo menos
acho que farei novas amigas virtuais (ou não!).
Ontem teve ensaio da "SuperJazz7(?)". Não fiquei satisfeito. O Eduardo num
desânimo só, o Ricardo animado e esforçado mas com limitação técnica no
quesito versatilidade, o João como sempre topando todas e eu, bem...
...brigando para dar certo. Mas acho que não vai dar. Ainda não é dessa vez
que uma banda/projeto meu vai decolar! Vale pela experiência.
Agora está passando na MTV um especial dos Ramones, provavelmente em
homenagem à morte do Joey Ramone. Bom rememorar algumas músicas que fizeram
parte da minha mais tenra adolescência: Rock N'Roll Radio, Psychotherapy, I
Wanna Live, I Believe in Miracles, I Wanna Be Sedated, Sheena is a Punk
Rocker, Poison Heart e, principalmente, Pet Semetary. Teve uma época da
minha vida, dos 15 aos 17, 18 anos que eu saia do lugar onde eu estava para
ir para o meio da pista para bater cabeça quando Pet Semetary começava a
tocar. Agora está passando o videoclip de Substitute, do The Who, na versão
do Ramones, gravada no seu CD Acid Eaters. Muuuuuuuito legal! Uma viagem!
Outra coisa que passou agora há pouco na TV foi uma reportagem do programa
"Questão de Opinião" sobre as fãs do Back Street Boys, que para esperar o
show dos meninos em São Paulo chega a ficar um mês esperando em barracas
para comprar o ingresso e para conseguir um melhor lugar para entrar. Isso
daria uma boa etnografia! O grau de histeria das adolescentes (e também a
euforia que as mães contaminadas exibem) é incrível! Gritam o nome de seus
ídolos, fazem tatuagens, laceram o corpo com iniciais da banda e assim por
diante.
"I don't want to live my li-i-ive, not again... O-oh! No..."
Hoje vou tocar, tentar terminar o Simplicíssimo, de repente sair para
jantar com o Éverton e a Cláudia (amiga e agora namorada dele) e depois
dormir cedo. Amanhã tenho plantão 24h no Centro Clínico em Novo Hamburgo. Se
tiver tempo, escrevo mais amanhã. Hugs and kisses... {05/05/2001 - Sábado -
13:14}
{05/05/2001 - Sábado - 23:21}
Sabe qual é o meu maior problema no momento? (além de o computador estar
comendo inadvertidamente algumas letras e também de estar fazendo aparecer a
toda hora a mensagem: "Microsoft Word não pode usar as listas de
AutoCorreção. Este recurso não está instalado no momento. Deseja instalá-lo
agora?") Bem, na realidade o meu problema (Uh-uh! O meu problema, Uh-uh! O
meu problema é sexo, algemas e cinta-liga...) é a falta de organização e a
desorganização. Esses dois problemas, como se fossem um só, tornam minha
vida um inferno. Perco tempo, não acho coisas, gasto dinheiro em vão com
atraso de contas... É um caos!
Nas próximas semanas/meses vou dispender um esforço tremendo em resolver
essa questão que há tanto tempo me incomoda. Para tanto tenho que traçar um
plano. Por onde começar e onde quero chegar. Para tanto tenho que determinar
e classificar o que necessito organizar, onde a bagunça está concentrada e
como farei para dissolvê-la, resolvendo assim meu problema (Uh-uh!)...
Hummm... Agora me deu uma vontade de comer um peixinho assado...
Como tenho prova de Medicina Interna para residência de Endocrinologia em
Novembro, tenho que selecionar o material que vou estudar. Também tenho que
separar a matéria da faculdade deste semestre, não deixando misturado com a
do semestre passado nem com outros papéis. Eu tenho muitos papéis. Eu sou a
pessoa que eu conheço que tem mais papéis. E pior: não consigo me desfazer
deles. Dizem que é coisa de canceriano: acha valor em tudo, vai ficar com
saudade se se desfazer do bem, acha que aquilo pode um dia vir a ter
utilidade, mesmo nunca mais tendo posto os olhos nos últimos 5 anos...
Tantas coisas para aprender, tanto a fazer, tão pouco tempo...
Fermento, ovos, leite, farinha e sal. Tá feito o pão!
Tecnologia. Tecnocracia. Tecnodependência. Tecnoburrice estabelecida.
Tecnoparanóia e tecnoneurose. Tecno, Dance, Hip hop, Drum n' Bass, House,
Trip hop.
Exceção à regra: toda regra tem uma exceção; isso é uma regra, portanto
deveria ter uma exceção; logo, nem toda regra tem exceção, o que torna
inválida a primeira afirmativa, dentro de um ciclo vicioso que a minha
lógica tem dificuldade de compreender completamente.
Charutos, cachimbos, cigarros, cigarrilhas... Porque todos começam com "c"?
"O cliente sempre tem a razão". Não tenho nenhum estabelecimento comercial,
mas acho que não agiria dessa forma com meus clientes. Trataria todos da
forma que merecem, ou seja, de acordo com o seu próprio comportamento no
estabelecimento. Que viagem! Já está tarde e eu estou aqui falando besteira!
Vou procurar um artigo de um trabalho que tenho que entregar na segunda: um
artigo de Hermann Heller: "A Teoria do Estado" do livro "Política e
Sociedade". Bem, bye, bye, baby bye bye. {05/05/2001 - Sábado - 23:55}
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