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sexta-feira, abril 18, 2003

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade semanal
18/04/2003 - Edição número 19 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Peixe e Chocolate, Mistura-fina!"
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1.
Editorial.............................................................Rafael
Luiz Reinehr

2. 10 Dicas para quem quer encarar o "Faça você mesmo!"
...........................Eduardo Hostyn Sabbi

3. Günter Grass e os bombardeios americanos...........................César
Schirmer dos Santos

4. Ela................................................Quéli C. Giuriatti

5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 17 lições)..................Rafael Luiz
Reinehr

6. Escrever por Escrever XV
(excertos).....................................Rafael Luiz Reinehr

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1. Editorial

Mais um editorial com "trilha sonora". Começa com "Não se reprima" -
Menudos. Essa semana tive uma boa notícia: uma figura muito louca, através
do intermédio de uma leitora e, em breve, colaboradora, propôs o patrocínio
para a impressão e distribuição local do Simplicíssimo! ("Dá pra mim" -
Polegar) Tudo bem, não era esse o objetio inicial do "e-zine", ou seja,
transformar-se em mídia impressa. Mas a idéia me atraiu. Afinal, do jeito
que a coisa vai, chegaremos aos 1000 leitores lá pela edição 327... Noto
que, enquanto muitas pessoas não estão nem aí com a "tiragem" ou o alcance
do jornalzinho, muitas outras estão, e não estão afim de gastar saliva (ou
células mortas da cútis dos dedos e um pouco de trifosfato de adenosina
cerebral) ("Senegal" - Reflexus) com parcos 98 mentes receptoras. Então, a
impressão e distribuição do jornal pode ser um estímulo para mais seres
pensantes registrarem suas idéias e apontamentos...
("Johnny be good" - Chuck Berry) Vamos ver se a idéia sai do papel nos
próximos meses... Chuva gostosa... ("Palpite" - Adriana Calcanhoto)
Essa edição conta com um artigo a mais do que o costume, já que as
colaborações andam a mil! Então galera que enviou artigos ou afins, não se
apoquentem! Tudo vai ser publicado na devida ordem de chegada! Se alguém
quiser seu artigo publicado com prioridade, levante o dedo que o "corpo
editorial" do Simplicíssimo entrará em sessão extraordinária para julgar o
mérito da questão! ("Otherside" - Red Hot Chilli Peppers).
Os três patinhos... Disco amarelo... ("Vale Tudo" - Tim Maia)
Superpateta... Disco azul...
Tinha tanta coisa para escrever... De repente sumiu... ("Amante
Profissional" - Herva Doce)
Essa semana saí da rotina chega em casa morto de cansado , janta e vai
dormir... Na quarta fui com meu amigo Eduardo, a Juliana e seu namorado no
Ocidente ver o Júpiter Apple. Bacana o instrumental da banda. Fazia tempo
que eu não ia ao show do cara. O vocal ficou devendo um pouquinho mas a
zoeira tava muito louca! Muito legal uma música nova, "O Retirante", um tipo
de psicodelia do agreste. O batera matava a pau (literalmente), assim como a
tecladista e o Astronauta nos mini-moogs ("Don´t let me be misunderstood" -
Santa Esmeralda). Ontem fui com minha namorada, Carol, o Eduardo (denovo!) e
uma amiga dele no Vermelho 23 ver os Arnaldos. A articipação do público
deixou a desejar, talvez por ser véspera de feriado. Pôxa, os Arnaldos são
uma das melhores bandas de Porto Alegre! Tava tocando uma banda que eu não
conhecia no som da casa: Suco Elétrico. Muito legal! ("Melô da Popozuda" -
De Falla)
Hoje, plena sexta-feira santa, vai ser pizza e cinema. Carandiru.
("Rádio Pirata" - RPM)
Acho que é isso. "No underground repousa o repúdio que deve
despertar..." Afudê!
("Back to the chain gang" - The Pretenders) Bela música para acabar este
editorial, desejando-vos uma Feliz Páscoa, signifique o que significar para
os não cristãos (olha só a música que entrou agora no Winamp: "Chocolate" -
Tim Maia!!!) , o desejo é mesmo de um bom tempo, um bom dia e uma boa vida a
todos! Que a absurdidade e ignorância históricas que estão a ocorrer a
milhares de quilômetros daqui dissipe-se, temos que ficar firmes na nossa
trajetória, que é a do bem, da verdade e da justiça. Não canso de repetir, é
isso que temos que buscar no nosso dia-a-dia, em cada ação, em cada
pensamento...

Rafael Luiz Reinehr

"Se nos fosse dado viver eternamente,
se o orvalho de Adashino nunca secasse,
se a fumaça em Toribeyana nunca se dissipasse,
então os homens não sentiriam pena das coisas.
Na verdade, a beleza da vida é a sua incerteza."
Yoshida Kenko

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2. 10 Dicas para quem quer encarar o "Faça você mesmo!"
Eduardo Hostyn Sabbi

1. Em primeiro lugar, "Faça você mesmo" não é igual a "é moleza". Não sabe
ler?

2. Olhe bem o produto. Tem manual de instruções? Leia-o com atenção. É um
saco, mas pode ajudar. Se não tiver (eles geralmente acham que quem faz tudo
também sabe tudo), crie umas "você mesmo".

3. Nunca comece no dia em que combinou algo com alguém para depois. Sempre
demora mais do que você pensa e sempre dá alguma coisa errada, de forma que
chegará atrasado e brabo ao compromisso. Uma boa música vai ajudar a
esquecer que o tempo está passando e que você continua sem saber se isso
realmente vai dar certo.

4. Se for usar alguma tecnologia elétrica, tipo furadeira ou coisa parecida,
lembre-se que tudo que for ligado na tomada, inclusive ela própria, pode dar
choque. Por conseqüência, o que não estiver ligado na tomada não causa
choque (mais ou menos). Se você for bem chato e resolver testar até o fim
esta dica, descobrirá também a concretude do ditado "até explicar que
focinho de porco não é tomada", mas terá que comprar um porco antes.

5. Medidas preventivas tais como desligar a chave geral, fechar o registro d
'água, ter uma lanterna e uma farmacinha bem equipada são sempre úteis. Vá
atrás também daquele cartãozinho do cara "faz tudo" (geralmente eles fizeram
algum curso técnico de "fazendo você mesmo"). Você jogou em algum canto da
casa sem dar bola nenhuma, lembra? Mas vai precisar usar no caso de se
irritar e querer quebrar tudo que estiver pela frente (preserve, obviamente,
o cartão "do cara").

6. Atenção para o horário! Vizinhos em geral adoram que você comece a bater
pregos e furar paredes depois das 22 ou antes das 8 da manhã. (se alguém
afirmar que eu disse isso eu nego!).

7. Também atente para os horários em que exista uma ferragem aberta. Sempre
falta alguma coisa besta que trava tudo. Se você já tem algum problema de
coluna, é batata que terá que ir num pronto-socorro depois e já pode
aproveitar para ter um atestado pela falta ao trabalho, escola ou
assemelhados. (não dei idéia nenhuma!)

8. Pintar em dias úmidos é bem bom pra demorar a secar e o cheiro ficar
insuportável. Mas se ainda assim é o que você quer (chato você hein?), avise
um amigo que precisará dormir na casa dele aquela noite (chatíssimo).

9. Se existe alguma expectativa de sujeira, use um pano velho ou jornal para
cobrir o piso antes de começar a função. Aquela velha dica chata da mamãe
faz sentido. Se você acha que não haverá sujeira, use um pano velho ou
jornal para cobrir o piso, pois certamente haverá sujeira!

10. Em geral, coisas do tipo "faça você mesmo" existem aos pampas, mas não
se repetem ou passa muito tempo e você esquece como era. Agora, se você for
o campeão dos chatos, irá se meter nas idéias dos amigos (que geralmente se
transformam em ex-amigos). Assim, a última dica é: sempre antes de começar
um "faça você mesmo", leia estas dicas escritas por "eu mesmo"!

Caso estas dicas lhe foram úteis e você "fez você mesmo", não me importarei
de receber apenas 50% do que economizou, desde que "você mesmo faça" o
depósito!

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3. Günter Grass e os bombardeios americanos
César Schirmer dos Santos
cesarschirmer@yahoo.com.br

8 de abril de 2003

Ao mesmo tempo que assistimos à dor do povo iraquiano causada pela agressão
angloamericana, é lançado nos EUA o último livro de Günter Grass, sobre o
sofrimento do povo alemão na Segunda Guerra ("Crabwalk", Harcourt).

O tema é pouco explorado e é mal documentado. Segundo o autor, muitos
alemães o agradeceram por ter conseguido expressar em palavras seus próprios
sentimentos.
Mas não se trata, especificamente, de um livro que interessa apenas àqueles
que viveram o horror dos bombardeios americanos durante a Segunda Guerra. Os
jovens alemães receberam bem a obra. Isso fez o autor dar uma interpretação
no
mínimo original para alguns protestos que estão ocorrendo na Alemanha. Na
visão do
escritor os protestos dos jovens alemães contra a invasão do Iraque não são
um movimento pacifista, mas sim a lembrança, passada a uma geração
posterior,
do medo e terror dos ataques aéreos dos aliados na Segunda Guerra. Para ele
os
bombardeios às cidades alemãs, na Segunda Guerra, foram criminosos, pois não
tinham nenhum objetivo militar. Ele os compara à agressão contra a cidade
espanhola de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola, representada por
Picasso (cujos 30 anos de morte se completam hoje).

Günter Grass recebeu o Prêmio Nobel de literatura em 1999, e podemos
considerar oportuno o lançamento de tal obra nos EUA, neste momento. Não que
o livro
possa mudar significativamente alguma coisa no modo americano de ver o outro
como
causa dos seus medos, mas fica registrado na língua deles que o outro sofre.
Resta saber se este registro pode ser compreendido pelos americanos, pois
para eles o outro é sempre o agente do Mal, e como tal desprovido de razões
e de
sentimentos humanos. Ou, ao menos, sua própria ação é incondicionalmente o
Bem, e seus fins justificam seus meios.

De qualquer forma, a obra pode ajudar a moldar o imaginário coletivo dos que
reconhecem no outro humanidade. Ainda que os americanos em geral sejam,
talvez, um caso perdido, e que devamos esperar que mais povos (talvez nós
mesmos)
sejamos agredidos por eles, a obra é mais um elemento na composição de um
outro olhar, diferente do olhar antidialético do americano médio.
(Imaginemos o
cenário da dialética do senhor e do escravo de Hegel com um americano
anabolizado vencedor e um iraquiano maltrapilho vencido. Simplesmente não
haveria dialética, pois o americano não veria diante de si um outro, veria
apenas a causa dos seus medos a ser eliminada. Não se trata nem mesmo de
egocentrismo. É autismo.)

Referência

RIDING, Alan. "Günter Grass worries about the effects of war, then and now."
_The New York Times_.
,
8/4/2003.

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4. Ela
Quéli C. Giuriatti

...
Ela...
...
Ler ao som de "I Miss You", Björk...
...
Ela é inteligente e interessante. Bonita e atraente. Otimista e atualizada.
Por vezes, aparenta ter tantos predicados que chega a ser difícil que
algumas pessoas incautas entendam porquê (ainda ?) está sozinha. Sem
namorado, onde já se viu? Sem marido, mas como? Ela cursa uma faculdade, o
meio de locomoção é próprio, possui dinheiro suficiente para viver e se
divertir na conta corrente e tanto o bumbum quanto os seios continuam firmes
em suas posições de ataque. O corpo ainda não sofreu com as leis da
gravidade. Porém, ela sente-se consumida por uma enorme solidão. No seu
quarto, quem dorme só e chora baixinho é ela. Ninguém percebe. Ninguém ouve.
Ninguém vê. E quando, num ato de coragem, desabafa e diz: - Sinto falta de
carinho!, muitos de surpreendem, pois, logo ela, que aparenta tanta
segurança em si mesma, se dói com a falta de amor....
Ela simplesmente está cansada de ser a mulher do meio do caminho. Ela está
cansada de receber elogios de homens que apenas se divertem na sua
companhia. Ela está cansada de seu um passatempo no jogo dos indecisos e dos
desencontrados. Ela está cansada de não ser prioridade na vida de alguém.
Ela está cansada de dar espaço para quem logo vai embora, deixando um vazio
sequer preenchido por palavras educadas ou de consideração. Ela está cansada
de entregar amor e receber apenas sexo em troca. ...
Em resposta a sua incompreendida estafa, ela pergunta aos duvidosos: - Quem
não conhece um homem que ainda não está preparado para um relacionamento? -
Que não sabe ao certo o que quer? - Que, quem sabe amanhã, esteja a fim de
ficar a fim de alguém, mas que hoje não, nem pensar, não dá? - Que tem outra
na cabeça, que não sai de jeito maneira, que prefere pensar nela do que
esquecê-la, é mais fácil assim, não é? - Que tem uma aliança no dedo e um
filho para criar? - Que tem uma lista dentro da agenda com os números que
totalizam as fodas com as mulheres que ficaram pelo meio do caminho? - Que
tem um botão que liga e/ou desliga o módulo "envolver-se'' e "não se
envolver''?...
Por favor, não chamem esta mulher de amargurada. Ela apenas está cansada.
...
O mesmo mundo moderno que a libertou de uma escravidão social secular serve
de prisão. Os grilhões são outros. Os algozes, diferentes. Ela já pode
expressar seus desejos. Ela já declara que está a fim de alguém, assim, na
lata. Ela já não pensa no que os outros vão pensar. Ela já sabe o que
quer...Mas não encontra. ...
Não digam que é má vontade ou excesso de exigência da parte dela. Na real,
ela assusta. Mesmo sem querer. E sofre do mal do medo de nunca encontrar um
outro alguém.

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5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 17 lições) - O seu curso de
aperfeiçoamento na Última Flor do Lácio
Rafael Luiz Reinehr

Lição número 14

Em nossa cidade há um homem bom e trabalhador.
Êle é operário honrado.
À tardinha êle volta para casa.
Encontra tudo em ordem.
Sua espôsa cuida muito bem da casa.
Êste homem é muito feliz.
Tudo em casa tem horário.
A comida está na mesa sempre à hora certa.
O homem é calmo e está sempre bem-humorado.
Êle é hospitaleiro.
Êle recebe seus amigos em sua casa bem-arrumada.

O operário ficou doente.
Ficará nove dias no hospital.
Ainda está doente no hospital.
Êle é bem-humorado.
O hospital tem horário certo.
A comida vem bem na hora.
No hospital usa-se de muita higiene.

Juvenal é lavrador.
Seu filho lhe deu um livro que ensina a lavrar.
Êle o comprou na livraria de Paulo.
Juvenal gosta de trabalhar ao ar livre.

livro vro

O bom livro é amigo do homem.
É amigo que ensina livremente.
Nas grandes livrarias há livros de todo tipo.
Há livrinhos de histórias para crianças.
Livrinhos são também chamados livretes.
O livreiro vende livros.
Livreco é o livro sem valor.

u ê ô i é ó a
vru vre vro vri vre vro vra

Clara ganhou uma xícara.
A xícara é azul e dourada.
A xícara está sobre a mesa.

xícara xi Xi

Noêmia tem um guarda-chuva.
O guarda-chuva de Noêmia é azul.
Noêmia ganhou seu guarda-chuva da Zélia.

Um dia Clara usou o guarda-chuva da Noêmia.
Soprou um vento muito forte.
O vento quebrou o guarda-chuva.
Noêmia não usa mais o guarda-chuva.

guarda-chuva guar

a ó ô i u ê é
gua
xa xo xo xi xu xe xe

planta plan

O tempo era bom para o plantio.
Paulo foi plantar flôres no seu jardim.
Êle levou o cachorro.
O cachorro não ajudou a plantar flôres.
Correu pelo jardim.
Estragou as plantas.
Pôs as patas na blusa de Paulo.
Sujou a blusa de Paulo.
Paulo ficou zangado e prendeu o cachorro.

flor

blusa blu

a u ê é i ô ó
pla plu ple ple pli plo plo
fla flu fle fle fli flo flo
bla blu ble ble bli blo blo

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6. Escrever por Escrever
Rafael Luiz Reinehr

{13/05/2001 - Domingo - 21:12}

Ahã-ahã... Tã-nã-nã-nã-nã... Ahã-ahã...

Que loucura! Na quinta não teve aula (ela quarta vez!) de Filosofia da
Ciência. Me ligou a Michele, de Seberi, que conheci no DCE em Santa Maria e
com quem ficava no começo do ano passado. Ela faz Engenharia Química na
UFSM. Muito bonita, querida e carinhosa. Tava mesmo com saudades. Que bom
que ela ligou! Agora vamos manter contato com mais freqüência. Prometo
ligar!
Fui com a Jana e a Cris no Jekyll. No brechó que tinha lá dentro acabei
comprando duas camisas, duas calças boca-de-sino, dois casacos de inverno,
um terno e dois óculos muito malucos! Por tudo paguei R$190,00!
No Jekyll encontrei o Diego, meu ex-colega da Filosofia, que largou e agora
quer fazer Medicina, a Lu, a sempre Lu "Senhorita Morte" da Biblioteconomia,
minha amigona, e a Evelise, minha também superamiga que não via há tempos,
com seu novo namorado, a irmã e o namorado.
A festa tava com cara de que ia ficar fraca. Acabamos indo para o Elo
Perdido: muuuuuito afudê! Tinha um show da "Os The Dharma Lóvers" que foi
uma coisa muito Zen,
esotérico-oriental-alternativo-humanista-ecológico-conscientizador-energétic
o... Ou algo assim... sabe?
Tava lá a irmã da Jana, a Gisele, com duas amigas, a Clarissa e a Camila.
(((...))) Todas do sétimo semestre de Medicina da UFRGS. Fomos para o andar
de cima para dançar. Dancei um monte, me diverti, joguei fora uns
papos-furados, (((...)))
Sexta trabalhei normal, não saí, dormi. (((...)))
Sábado plantão de 24 horas na UTI do Conceição. Foi bem bom. Durante o dia
fiquei com o Roberto Fasolo na área 2. Cuidei de 6 pacientes. Na noite
fiquei com o Dr. Pérsio, cuidando os mesmos seis pacientes. O dia foi
corrido, com pacientes sépticas e hipotensas, mas tudo revertido a contento.
Acho que tenho um certo "feeling" para intensivismo. Me daria bem... À
noite, terminamos tudo à meia-noite e meia e fomos dormir. Dormi direto até
às 8:00! Sem intercorrências!
Hoje tomei banho no hospital, fui pra casa, no caminho comprei flores para
minha mãe (Gérberas), chegando em casa a felicitei pelo Dia das Mães. Fui
tocar. Toquei um pouquinho. Fomos almoçar em um restaurante perto de casa:
horrível, não recomendo!
(((...)))
Sabe de uma coisa que eu me dei conta agora: eu estou carente... Preciso de
alguém para me amar, alguém que eu ame com todas minhas forças. Mais que uma
namorada, uma amiga, uma companheira, uma cúmplice. Que goste das mesmas
coisas que eu, que pense na mesma frequência, na mesma sintonia, que aceite
o meu ritmo, que me faça aceitar o seu, que queira amor, que queira
tranqüilidade, que queira sexo, que queira calor e humor, que se deleite na
dor e chore pela flor, que ache essa minha rima um horror e mesmo assim
sorria com fervor...
Ah! Eu sei o que vocês fizeram no verão passado! Que pavor! O que será que
foi?

"O problema filosófico é uma consciência da desordem em nossos conceitos, e
pode ser resolvido ordenando-os" Ludwig Wittgenstein
Sabe que o que esse carinha falou faz sentido para mim? Isso é o que eu
tento fazer todos os dias: encontrar o sentido certo, a verdadeira definição
das coisas. Porque, oras, se não sabemos o que uma coisa é, como podemos
realmente usá-la, usufruir dela, modificá-la ou fazer o que quer que seja
com ela. Nossa vida, por exemplo: do que ela se trata? Para que serve? O que
é a felicidade? É ela que realmente buscamos? E o prazer? E o poder? E o
viver? Vou buscar uma coca (cola!) e um iogurte Danette/Chandelle Sensação.
O meu problema (e também a solução para os problemas que me surgem) é que
justamente eu tenho consciência que as definições das "coisas" do mundo
estão erradas. E as pessoas vivem uma vida cega, uma verdadeira ilusão
basada no prazer físico, econômico-consumista, e pseudo-espiritual, sem um
aparato filosófico mínimo que lhes permita descortinar, ou tirar o vidro da
janela que lhes oculta a verdadeira verdade (estão a fim de saber, a
verdadeira verdade, estão a fim de saber, a fim de saber...), que traria de
forma mais plena a felicidade que tanto buscamos, a harmonia e a paz que
tanto sonhamos. Só para deixar claro: não me excluo dessas "pessoas"
supra-citadas.
Nossos conceitos errôneos como ponto de partida de todas nossas pretensas e
realmente realizadas realizações, acabam por nos levar a caminhos escuros,
ou tortuosos, ou pedregosos, ou espinhosos, ou dificultosos - errados, vá
lá!... - levando à sensação muitas vezes de uma vida sem sentido. Nos
agarramos ao número de telefone de uma pessoa como a um galho em um
precipício - para evitar a queda, quando na verdade às vezes seria muito
melhor se deixar cair e fazer aquele "Puf!" que o Coiote Coió (aquele do
Road Runner, o Beep!Beep!) faz quando cai no deserto muuuuitos metros abaixo
do precipício. Afinal de contas, se ele sobrevive a uma queda tão grande,
sendo só um desenho animado, porque nós não sobreviveríamos?
Chega de divagar... {13/05/2001 - Domingo - 22:12}

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cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
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significativas na formatação.

AO ENCAMINHAR UM ESCRITO, MANDE TAMBÉM SEU NOME OU PSEUDÔNIMO E UMA BREVE
(OU EXTENSA) APRESENTAÇÃO DE SUA PESSOA (IDADE, O QUE FAZ DA VIDA, E TE CÉ
TERÁ)

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