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sexta-feira, abril 25, 2003

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade "a cada 168 horas", mais ou
menos
25/04/2003 - Edição número 20 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Atchim! Saúde, né!?"
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1.
Editorial.............................................................Rafael
Luiz Reinehr

2. O pronome *eu* e a atribuição de atitudes proposicionais ..........César
Schirmer dos Santos

3. Espaço místico - Astrologia: o autoconhecimento através do estudo dos
astros......................Daiana da Silva

4. As casas coloridas de Porto...............................Juliana Robin

5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições)..................Rafael Luiz
Reinehr

6. Escrever por Escrever XVI
(excertos).....................................Rafael Luiz Reinehr

7. Kritik und Kommentar

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1. Editorial

Pneumonia asiática (ou canadense) batendo à nossa porta (ou entrando
pela nossa janela) e o mundo segue a girar... Elocubrando: será que esse
vírus não foi manipulado e criado em um laboratório norte-americano e
lançado lá na China (perto da Coréia do Norte, sabe...) durante a guerra (ou
um pouquinho antes) enquanto as atenções estavam voltadas para o Iraque,
para, ao invés de enfrentar o furacão atômico vermelho em outra guerra, o
tal vírus fizesse o trabalho? (é incrível como escrevo frases longas sem
ponto final...; tenho que melhorar isso!) O tal vírus poderia ter sido
inoculado lá por um agente da CIA disfarçado... É abominável pensar isso!
Seguindo o raciocínio, porque não existem casos nos EUA? Talvez porque
casualmente, ainda não tenham chegado lá... Mas também, se vierem a chegar,
a vacina (ou o antídoto já são conhecidos) e só vão ser expostos quando a
população americana estiver em grande risco (ou quando o objetivo de
eliminar parte da população amarela (especialmente norte-coreana) estiver
cumprido. Mas, devaneios a parte, isso daria um bom filme de ação...

Faz algum tempo que não consigo ir ao Sarau Elétrico... Tenho um curso
nas terças até às 22 horas até fim de maio... Para quem não sabe, o Sarau
Elétrico é um dos eventos mais interessantes da noite portoalegrense (é
junto que se escreve?). Lá o Luis Augusto Fischer, a Kátia Suman e o Frank
Jorge, com participação especial do Cláudio Moreno fazem uma das mais
interessantes atividades literárias que se tem conhecimento: leitura de
textos, em prosa e poesia, sempre com um tema interessante, seguido de uma
apresentação musical. Acontece no Ocidente, ali na Oswaldo Aranha, em frente
ao Araújo Vianna, sempre lá pelas 21:00 (nas terças!). Vale a pena conferir.
E não chegue atrasado senão não conseguirás lugar para sentar! A propósito:
tenho que conseguir o e-mail do Frank Jorge para incluí-lo como assinante do
Simplicíssimo. Essa figura é ímpar! O Fischer já incluí. Quem não o conhece,
conhece mas talvez não ligue o nome à pessoa: autor do Dicionário Impreciso
de Porto-Alegrês (que quem ainda não possui, deve ir correndo adquirir!),
entre milhares de outras atividades...

Chegamos à edição de número 20, em exato meio ano de vida! Momento de
comemoração, ainda mais que ultrapassamos a "barreira psicológica" (termo
tão em voga na economia hoje em dia) dos 100 assinantes. Nessa edição,
passamos a contar com exatos 101 leitores (entre ocasionais, assíduos e
"sabe lá há quanto tempo não abriram a caixa de e-mail"). Muito nos honra
esse aumento lento mas gradual do número de bravos resistentes. Em breve,
estaremos ampliando esse número, já que, até julho deste ano, o
Simplicíssimo também terá sua página exclusiva na Internet, após tratativas
com João Francisco C. de Oliveira, consultor e designer gráfico de páginas
de Internet (entre outras funções). Com a página, a interatividade
leitores-jornal e mesmo leitores-leitores será muito maior proporcionando
deleite a prazer aumentados na degustação mental dos artigos publicados.

Nessa edição contamos com uma nova seção inconstante - Kritik und
Kommentar - onde nossos leitores enviam críticas e comentários acerca dos
artigos, ensaios ou textos enviados por outros colaboradores/leitores. Mais
uma vez, "você dono de um jornal"! Sinta-se livre para participar! A
propósito: A Cartilha do Simplicíssimo já está terminando na próxima edição!
Aguardem um substituto à altura!

A Psicodelia Infinita Impressa No Éter Universal está apenas começando!
A jornada é sinuosa e circular ao mesmo tempo... Vamos juntos nessa que quem
tá na chuva é pra se molhar (ou coisa assim...)!

Rafael Luiz Reinehr

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2. O pronome *eu* e a atribuição de atitudes proposicionais
César Schirmer dos Santos
UFRGS

11 de abril de 2003

Lois Lane conhece o Super-Homem e conhece Clark Kent, mas não sabe que os
dois são a mesma pessoa. Ela acredita que o Super-Homem é mais forte do que
Clark
Kent. Isto quer dizer que ela acredita que esta pessoa é mais forte do que
ela mesma?

Suponhamos que Lois Lane seja uma pessoa racional, e que não exista nenhum
problema afetando suas faculdades mentais. Nestas condições, podemos supor
que uma pessoa não acreditaria que alguma coisa ou pessoa é mais forte do
que é,
ou mais pesado ou mais rico do que é etc. De tal tipo de pessoa poderíamos
esperar a crença que algo é tão forte, pesado ou rico (etc.) quanto é.

Se perguntamos a Lois Lane, ela responde que o Super-Homem é tão forte
quanto ele mesmo é, e que Clark Kent é tão forte quanto ele mesmo é. Mas,
como eu
já disse, ela acredita que o Super-Homem é mais forte do que Clark Kent.
Como
resolver o problema da atribuição destas crenças a Lois Lane sem
considerá-la irracional (como eu já disse, essa hipótese deve ser
descartada)?

Comecemos, em primeiro lugar, pela informação disponível a Lois Lane. O
Super-Homem e Clark Kent se apresentam de maneira bastante diferente a ela.
Assim, seu desconhecimento da identidade secreta do Super-Homem não a
constrange, a priori, a suspeitar que a mesma é Clark Kent.

Do ponto de vista dela, sua crença que o Super-Homem é mais forte do que
Clark Kent está plenamente justificada. Ela não comete nenhuma
irracionalidade do
tipo acreditar que exista algum x tal que 'x != x', isto é, ela tem esta
crença apesar de não acreditar que alguma coisa é mais forte do que é.

As dificuldades se apresentam na terceira pessoa, do ponto de vista da
pessoa que atribui crenças a Lois Lane. Do ponto de vista do Super-Homem ( =
Clark
Kent), por exemplo. Digamos que ela expresse a ele esta sua crença, isto é:
que ela diga ao (pessoa que se apresenta a ela como) Super-Homem que o
considera
mais forte do que Clark Kent, ou que diga ao (pessoa que se apresenta a ela
como) Clark Kent que o considera mais fraco do que o Super-Homem. O
Super-Homem / Clark Kent estaria plenamente autorizado a atribuir a Lois
Lane a seguinte
crença: "Lois Lane acredita que eu sou mais forte do que eu mesmo". Ora, ao
mesmo tempo uma tal crença é irracional e corretamente atribuída. Aqui está
o nó deste quebra-cabeças.

A questão dura, do ponto de vista da terceira pessoa, é saber se Lois Lane,
apesar de acreditar, para qualquer x, que 'x = x', acredita que há um x tal
que 'x != x'. Esta questão é importante porque boa parte da comunicação (e
consequentemente da própria racionalidade) humana apóia-se na atribuição de
crenças e outras atitudes proposicionais (como desejo, conhecimento etc.) a
terceiros.

Entendemos, seguindo N. Soames (em "Reflexivity"), que Lois Lane tem *as
duas* crenças. Ela crê (segundo seu próprio ponto de vista) que Super-Homem
é mais
forte do que Clark Kent, apesar de não acreditar que exista algum x tal que
'x != x', e também (segundo o ponto de vista da terceira pessoa) que
Super-Homem é mais forte que Super-Homem, ou que Clark Kent é mais forte do
que Clark Kent
(isto é evidenciado quando Super-Homem / Clark Kent usa o pronome *eu*, como
em "Lois Lane crê que eu sou mais forte do que eu"). De fato
(empiricamente),
sem irracionalidade, Lois Lane crê que não há nenhum x tal que 'x != x', e
também que há um x tal que 'x != x'.

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3. Astrologia: o autoconhecimento através do estudo dos astros
Daiana da Silva

Através do mapa astrológico é possível descobrir os caminhos que cada pessoa
tem de passar

Mesmo de uma forma rudimentar, a astrologia já era praticada na Mesopotâmia,
em torno de cinco mil anos antes de Cristo. Com o passar dos tempos, o
estudo dos astros e sua ligação com a humanidade, foi mudando seu foco e sua
direção. A partir daí surgiram vários ramos que podem ser observados até os
dias de hoje. Conversei com a astróloga e psicóloga santa-cruzense Isabel
Müller, que contou um pouco mais do que vem a ser esta forma de
autoconhecimento.

Foi na Grécia que a Astrologia se estabilizou. Os primeiros grandes
filósofos afirmaram a interdependência do homem com o universo. Desta forma,
desenvolveu-se a Astrologia Pessoal. As informações sobre o coletivo abriram
espaço para o individual. Segundo Isabel Müller, que há dez anos trabalha
com Astrologia para jornais e pessoas de todo o Brasil, as pessoas estão se
dando conta da ligação entre o que acontece na terra e o que está sendo
sinalizado no céu. "As pessoas não procuram mais a Astrologia com o sentido
de uma previsão ou de uma superstição. É muito mais no sentido do
auto-conhecimento, prá entender o que elas vieram fazer aqui, quais as
potencialidades que elas tem", relata a astróloga.

Para fazer esta análise, a profissional desenvolve o mapa astral. Ele é
baseado na data, local e horário de nascimento. "O mapa é um retrato do céu
no momento em que a pessoa nasceu", diz Isabel. Assim, cada indivíduo possui
o seu mapa personalizado. O posicionamento dos planetas naquele instante
será o responsável pelas características particulares de cada um. "Muitas
pessoas tem uma idéia errada da Astrologia, como sendo unicamente o signo.
Na verdade, é um estudo bem complexo que envolve vários posicionamentos
astrológicos", afirma.

Os movimentos planetários sinalizam os acontecimentos na terra. Como este
movimento é constante, cada momento muda conforme a posição que os planetas
assumem. Conforme Isabel, até mesmo a física está revelando o fato de que
tudo é energia e de que existe uma interconexão entre todos os fenômenos. "A
idéia da Astrologia é: assim na terra como no céu, mas mais no sentido de
uma correspondência, porque na verdade tudo está ligado, é só a gente
prestar um pouco mais de atenção", ressalta a astróloga.

Para simplificar os planetas mais importantes do mapa astral, Isabel resume
o sol, ou o signo de cada um, como o presente, o objetivo de cada pessoa
estar viva. A lua significa o passado, a infância e o comportamento ditado
por um condicionamento familiar, biológico ou social. O ascendente
representa a impressão que as pessoas tem daquela pessoa. É a imagem do
futuro do indivíduo. Isabel Müller atende individualmente através do site
www.astroarte.com.br ou pelo telefone (51) 3515 3374.

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4. As casas coloridas de Porto:
Juliana Robin*

Casa Rosa: Na real, o nome é Pink Délik...mas a galera chama de "casa rosa"
mesmo. Fica ali na esquina da Cristóvão Colombo com a Garibadi. Quase toda
sexta (ou sábado-às vezes) rola show por lá, bandas aqui de Porto mesmo,
novas ou clássicas sempre tem um som legal rolando. Graças aos vizinhos
amados, a entrada é itinerante. Às vezes na Garibaldi às vezes na
Cristóvão...mas ultimamente tem sido na Garibaldi. É claro, não pretenda ir
ao banheiro da Casa Rosa (é pra isso q existe o
bambus...hehehe-brincadeirinha). Mas o pessoal eh muito bacana. Parece um
túnel do tempo. Retrô total!
Lembrou-me bastante o antigo Garagem por dentro (algumas partes.) o q me fez
gostar da casa rosa logo de cara! Geralmente a função começa à 1:00 ou 2:00
horas. E são cinco reais para entrar, mas a primeira vez que eu fui, paguei
três reais e um bubaloo (aquele chiclete gosmento..). Enfim, sempre rola do
pessoal ir, ou passar por lá no meio de uma banda, vale a pena.

Casa Amarela: Bom, veja bem, ainda não fui lá. Mas parece legal (pra fazer
aquela média com um parceiro que trabalha lá)...hehehe. Passei pela frente e
estava cheio... tocando uma banda de rock n roll psicodélico daqui de Porto,
bem legal! Para a minha enorme surpresa, a casa amarela é realmente
amarela!! (sinceramente eu não esperava por isso)...hehehe. Bom, essas são
todas as informações que eu posso dar...seria uma boa se vocês pudessem ir

e conferir para dar umas dicas para esse ser aqui!! (isso, vamos trocar
figurihas..que bonitinho!!) Mas eu prometo que vou lá logo, logo. E nas
próximas edições já terá alguma coisa sobre a Casa Amarela aqui, ok?

Revolver: um lugar muito legal! Bah, por falar nisso estou devendo uma
Barbie pro pessoal colocar na porta de um dos banheiros.sim, porque um dos
três nao
tem porta...o clássico banheiro sem porta do revolver...heheh.Tem também um
estúdio muito bom lá: ar condicionado, bom espaço e som legal! Quando rola
banda, o pessoal fica tocando no estúdio e o show é transmitido (arram,
igual a doença) para uma televisão no andar de cima (acho que tem três
andares...). O espaço é bem legal e a decoração já vale a "ida"! Reza a
lenda que tem também uma pizzaria lá (mas eu nunca vi...nem sob efeito de
nenhuma
droga). Tem uma mesa de sinuca no andar bem de baixo (bah, quanto coisa
nesse Revolver, heim!?)...hehehe. Talvez tem mais várias coisas lá q a minha

filosofia não consegue alcançar, mas tu só vai descobrindo quando vai
vencendo as fases e mudando de nível (ih.tri "video game" ou não...). Bah...

Bambus: se você está por essas bandas é certo que você vai dar uma
passadinha no Bambus, seja para ir no banhiero, comprar uma bebida ou
cigarro ou para tentar levar uma garrafada na cabeça mesmo...hehehe
(brincadeirinha. Se não vocês não vão!...heheh). Sexta-feira é quando o
pessoal aparece em peso, é praticamente impossível não encontrar alguém
conhecido por lá (a não ser que você seja um ermitão ou realmente
anti-social). E mesmo que não conheça, vai conhecer certo...(a não ser que
você seja reeeealmente anti-social. Bah!) heheh. Vai lá e confere, é um
barzinho legal p encontrar a galera. Beber algo ou até mesmo comer alguma
coisinha(se pintar aqueeeeela larica. Heheh),é o tipo do lugar que TEM que
ir e ver qual é.

Especial!!! Em primeira primeiríssima mão(ou nem tanto): "adivinhem se a
'metida mor' aqui já não meteu o nariz no NOVO GARAGEM HERMÉTICA?!?!?!
Reformado, pintado e de sofá novo!!! Sim, sofá novo (aquele antigo foi para
a Fun House. Mas quem não suportar a ausência do "fofinho" pode ir na casa
dos
guris matar as saudades.).
Depois de muito trabalho e muito suor do Fernando e do Ademir (parceria que
me permitiu a emocionante entrada ao saudoso Garagem durante uma noite de
quarta feira... e que merece até umas boas linhas à parte aqui no
Siplicíssimo, o cara realmente ajudou e agitou para que o Garagem voltasse
às suas atividades.) o "barulho" mais confirmado das noites de Porto prepara
os últimos detalhes para uma super volta! Mais espaçoso, na sua nova versão
em que o camarim desapareceu e o palco trocou de lugar com o bar, o Garagem
tem agora um "altar" especial para aqueeeela porta da entrada (entre a
entrada e o antigo "hall") que tem muita história pra contar-muitas
assinaturas e inclusive uma faixa de "interditado".
Arte é o que não falta pelas paredes internas. E no gancho "Casas Coloridas
de Porto" fiquei sabendo que o antigo laranja da fachada logo será
substituído por uma cor nova e inusitada (ai ai ai, o que nos espera?!?!?).
Independente da cor, ou da "disposição dos móveis" vou seeeempre me sentir
em casa (olha o texto umbigal aí!!). Agora sou a filha que se sente segura
novamente por ter sempre um porto seguro para ancorar quando a noite estiver
me sugando as últimas energias e eu estiver fugindo de um lugar chato, som
ruim ou até mesmo do conselho tutelar (eh phoda, pirralha é assim mesmo.)!

*Esta é uma pequena e singelinha apresentação do ser que vos escreve, ser
que
apesar de dormir abraçado com uma joaninha de pelúcia gigante, é gente boa.e
tem o maior prazer e honra de escrever para o Simplicíssimo.
É mesmo de se estranhar que uma guriazinha metida que anda de preto e ainda
por cima tem de fugir do conselho tutelar, escreva algo sobre as "casas
noturnas" de Porto. Mas eu juro que GOSTO disso e me "puxo" para dar um
informação descontraída e completa..e me diga: existe algo melhor do que
fazer o que se gosta?(Se existe, por favor me diga..mesmo..hehehe). A minha
boa vontade está a disposição do zine e dos seus leitores(sim, vocês!!) que
podem(e devem!!) dar suas dicas e meter suas respectivas
colheres..aliás(sempre que digo ou escrevo "aliás" imagino várias
"elefantas" de circo passando na minha frente..porquê?! Não sei.), meu
e-mail é jugothic@hotmail.com está aberto para receber o seu "oi", sua
sugestão ou o seu xingamento(ai, coitadinha de mim.sou tão sensível.se
xingar xinga de leve, tá?!).Espero que gostem, se divirtam ou pelo menos não
sintam vontade de se matar após ler meus textinhos!
Beijos Ju

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5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições) - O seu curso de
aperfeiçoamento na Última Flor do Lácio
Rafael Luiz Reinehr

Lição número 15

O môço de blusa azul é Cláudio.
Êle ensina em nossa classe noturna.
A classe noturna é para os trabalhadores.
A classe está estudando geografia.
Ontem Cláudio nos mostrou um globo.
O globo parece uma bola.
Êle disse que o globo representa o mundo.
Ensinou que o mundo não é plano.
É redondo como uma bola.
No globo há o mapa do Brasil.
O Brasil é a nossa pátria.

pla cla glo flo blu
plano classe globo flor blusa
planta Cláudio

- Você sabe tocar flauta?
- Não, eu não sei tocar flauta.
- Mas eu gosto de tocar guitarra.
E meu primo toca clarineta.
- Que é clarineta?
- É um instrumento de sôpro como a flauta.
- Você conhece muitos instrumentos?
- Conheço flauta, guitarra, clarineta e gaita.

gaita clarineta

guitarra gui

i ê é
gui gue gue

João sabe guiar bem.
Êle tem carteira de motorista.
Êle pode guiar jipe.
Êle pode guiar caminhão.

Guiomar queria um emprêgo doméstico.
Ela arranjou emprêgo na casa de dona Guida.
Mas não sabia ir até lá.
Uma criança guiou-a até à casa de dona Guida.
No dia seguinte Guiomar começou a trabalhar.

Júlio queria procurar emprêgo em Brasília.
Não tinha carteira de motorista.
Não tinha caminhão.
Arranjou caminhão para levar a família.
O motorista queria ir no dia seguinte.
No dia seguinte êles viajaram.

gui gui gue
guiar seguir guerra
guiando seguinte

quatro qua

desce esce

Mário tem quatro anos.
Êle começou a descer a escada e quase caiu.
Mário deve descer a escada com cuidado.
O irmão de Mário nasceu em dezembro.
Êle tem quatro meses.
Êle não pode descer a escada.

ô a ó ê i é
quo qua quo asce asci asce

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6. Escrever por Escrever XVI (excertos)
Rafael Luiz Reinehr

{15/05/2001 - Terça-feira - 22:42}

Aqui estou, vendo Casseta & Planeta, comendo Cheetos original e matutando...
Bem, estamos sem ensaiar com a The Brains há mais de 6 meses, acho...
Gostaria de reativá-la e gravar logo um CD com as nossas músicas... Tem
algumas bem legais, que o público iria gostar. Dava até para tocar por aí...
"Porto Alegre é tão pequena, e tão ingênua
Estamos longe demais das capitais..."

Porto Alegre é mesmo pequena. É incrível como eu encontro pessoas conhecidas
em qualquer lugar que eu vá! Não consigo me esconder de ninguém se quiser.
Isso é preocupante quando não se quer encontrar determinadas pessoas.
Tive uma idéia esses dias: fazer uma espécie de "Árvore Genealógica" ou
"Árvore Amigológica", onde vou colocar os nomes e relações com meus
principais amigos e conhecidos, e aproximadamente quando e onde nos
conhecemos. Depois de pronto, vai ser bem interessante! Posso fazer algo
também como uma "Linha da Vida", colocando de forma cronológica as pessoas à
medida que as fui conhecendo! Cool!
Certamente deixarei muitas pessoas de fora, mas o objetivo não é fazer um
resgate histórico completo, mas deixar registradas minhas amizades a partir
de agora...
Dia 24 de maio vai ter paralização nacional dos médicos residentes
novamente, para pedir reajuste dos 7 anos sem aumento da bolsa de
residência. Que vergonha! Olha, eu fico muito indignado com isso. Poderia
ter uma qualidade de vida muito melhor e não precisaria estar fazendo esses
"bicos" por aí para complementar a renda. Espero que dessa vez tenhamos
retorno do governo federal. Duvido muito, mas... dizem que a Esperança é a
última que morre...
Banda Larga. {15/05/2001 - Terça-feira - 23:08}

{19/05/2001 - Sábado - 20:59}

Tãmus aí pru qui dé i vié morô!?
Tô aqui com a Carol, que está em PoA desde ontem. Ontem ela passou parte da
manhã comigo lá no HNSC, depois fomos comer pizza na Cia. Das Pizzas, aí
viemos para casa, fomos "um pouquinho" para embaixo das cobertas e, bem,
realmente não consegui ir para minha aula de Antropologia Visual. Sem
condições!... À noite fomos na janta de reencontro da minha turma da
faculdade; um churras lá na sede da AMRIGS. Bem bom rever aquelas caras
todas! Devia ter uns 30 ou 40 colegas. Cada um lembra uma história! Viemos
para casa cedo, cerca de meia-noite e meia...
Hoje acordamos quase ao meio-dia, fomos almoçar no chinês, encontramos a
Sabrina, lá de Agudo, depois fomos no Brechó By Lu, ali na Oswaldo Aranha,
onde me diverti pra caramba e acbei comprando R$ 531,00 em roupas usadas. Du
caramba. Muito legal. Comprei 2 ternos, uma calça, dois casacos de peles, um
casaco de couro, várias gravatas, um óculos, um boné que nem o do Chaves e
uma espécie de manta, que tem um nome específico mas que não me vem a cabeça
agora. Ah! Também comprei três camisas muitcho loucas! Daqui a pouco vou
abrir meu próprio Brechó!
Depois, fomos no Cinemark para assistir Miss Simpatia, com a Sandra Bullock.
Vale a pena! Bem divertido. Dá para rir de montão! Além do que, aquela
mulher é um tesão!!! Que deusa!!!

Agora eu e a Carol vamos jantar com o Basso e a Dani e o Ghisolfi e a
Vanessa, a nova "namo" dele, lá no Marcellu's, na Protásio Alves (rodízio de
filés!). Depois acho que vamos sair. Que frio! Amanhã a Carol já vai embora.
Amanhã também vem minha vó. Vozinha Helga! À noite trabalharei em NH
novamente. Bem, escrevo lá denovo. Hugs... {19/05/2001 - Sábado - 21:12}

{20/05/2001 - Domingo - 22:22}

"Minha filha pelo amor de Deus, não vá pra Oswaldo Aranha..."

Carolina, Cíntia, Clarissa, Débora, Evelise, Juliana, Juliana, Karla,
Luciana, Maria Cláudia, Mari, Michele, Michele, Michele, Michele, Weruska,
nomes e pessoas, significados e significâncias, significantes e pouco
significantes, coisas e loisas, coisa e tal...
Tantos nomes, tantas pessoas, paradas na esquina, assistindo a cena, tantos
problemas, ecos na esquina, lendo jornais e além do mais não querem nem
saber, só sabem escrever quando não lêem o que escrevem, escrevem sem
querer, ser o que não são, não é a solução, é o respeito por aquilo que é
feito, sem jeito, mas... ...que jeito!
Não me decido. E sei que tenho. Sei que devo. Não é certo fazer o que estou
fazendo. Não é ilegal, mas não é legal... Ficar com as pessoas e lhes dar a
falsa sensação de que são as únicas em minha vida. Sensação essa que eu
gostaria que fosse verdade, ou seja: gostaria de estar realmente apaixonado
por uma pessoa só, amando e sendo amado, sem ao menos ter vontade de olhar
para o lado. Mas não estou assim. Talvez eu seja assim, mas não estou
assim...
Hershey's chocolates...
Vou dar uma lida em alguns textos agora. Tenho que fazer uma espécie de
"dicionário" de termos políticos. Vai ser interessante. Ainda tenho que
escrever meu texto: "A Queda da Bastilha e a Queda de Brasília". Vai ficar
para outra hora.
Vamos criar o NEAA: Núcleo de Estudos Aleatórios Avançados. Terá vários
departamentos: de Ufologia, de "Estratégias Alimentares", de Medicina, de
Filosofia, e assim por diante. Esperemos. Funcionará? {20/05/2001 -
Domingo - 22:38}

{20/05/2001 - Domingo - 22:57}
Agora há pouco tive uma idéia: mudar meu sobrenome. É: mudar meu sobrenome!
É ele quem identifica minha prole, minha família. Gostaria de ser o
patriarca de uma nova família. É uma idéia que tenho que maturar. Enquanto
isso, vou pensando em alguns sobrenomes interessantes, como Mc
Losereinehrkann ou coisas do gênero... {20/05/2001 - Domingo - 23:00}

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7. Kritik und Kommentar

Olá César,
Aqui é o Eduardo, um amigo do Rafael e um recente contribuinte do
Simplicíssimo. Escrevo porque achei bem interessante seu texto (parabéns) e
porque ele coincidiu com algumas de minhas reflexões. Aliás, vejo com
esperança o fato de muita gente ter se voltado para o tema ultimamente.
Graças a Deus, a Bush ou a ambos (note que, diferentemente do que este
último pensa, não são, definitivamente, a mesma pessoa). Ocorre que, por
ocasião da derrubada dos inúmeros monumentos e estátuas de Saddam, senti um
grande vazio e mesmo um sentimento de desolação. Não era nada parecido com o
momento da derrubada do muro de Berlim (Alemanha - daí o link com seu
artigo), onde o mundo vibrava e entoava em coro todo e qualquer hino de
liberdade. Uma manifestação notoriamente genuína e global, sem nenhuma
contestação da sua legitimidade. O discurso de Bush bem que tentou, mas de
início sua cara forçada de "santo do pau oco" já nos fez descrer do conteúdo
de suas palavras. Talvez se todos nós tivéssemos o Q.I. que ele tem, seria
diferente. Bush adentrou o país para libertar o povo iraquiano, mesmo que
isso fosse entendido como a oportunidade de suas almas deixarem seus corpos
secos. E em meio a desorganizadas manifestações de diferentes grupos de
guerrilhas, população saqueando a si mesmo e outros absurdos humanos, os
E.U.A. partem para o país vizinho. Deve ter um grande tabuleiro do jogo WAR
no salão principal da Casabranca. Fico imaginando toda a cúpula do país
(para eles a cúpula do mundo ou quem sabe até mesmo da via láctea) entertida
em seu passatempo preferido. E a tática dos então auto-entitulados "senhora
do universo" é aquela tipicamente usada pela criança mal-educada (de falta
de educação mesmo, ausência de tão saudáveis e maduros limites): "eu quero,
eu quero e eu quero!". A mãe ONU bem que tenta, mas a criança, dotada de
todo poderio bélico e tecnológico, parte para a ação: "ou dá ou desce". Que
espetáculo estamos assisitindo. Um "toma lá dá cá" sem fim. No fatídico 11
de setembro, assisita as cenas dantescas que a mídia nos oferecia em tempo
real e aliava-me aos nova-iorquinos em seu sofrimento, quando o prefeito da
cidade interompe as imagens entonando uma grande besteira, mais ou menos
assim: "vejam como a população está empenhada na busca de sobrevivientes e
auxílio aos feridos. Por isso somos o melhor povo do mundo!". Desliguei a TV
e vi meus mais recentes sentimentos voltarem-se contra o povo americano por
força do próprio povo americano. Mas ao longo do tempo, a história tem nos
mostrado que toda civilização com tal ânsia de conquista acaba por ter um
fim medíocre. E por vezes me pergunto se a nós so resta esperar ...

Um abraço e obrigado por cutucar meus neurônios.

Eduardo Hostyn Sabbi

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MÃO NO BARRO E VAMOS BRINCAR DE FAZER ARTE, DE CRIAR E ESPALHAR NOSSAS
CRIAÇÕES.

LEMBRANDO: Vale qualquer coisa em se tratando de prosa, poesia, contos,
crônicas, divagações, teorias, letras de música, receitas culinárias,
reproduções de pedaços da lista telefônica, extratos bancários, excertos de
livros que te chamaram atenção, citações, resenhas, resultados de pesquisas
científicas, teses de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou
pós-pós-doutorado, opiniões, sugestões, insultos e ofensas, redações e
composições do tempo da infância, etc., ou seja, qualquer forma de expressão
cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
Ressalta-se que, preferencialmente sejam enviadas em formato .txt (pois
ocupa menos espaço). Caso seja enviado em .doc ou .htm, podem haver perdas
significativas na formatação.

AO ENCAMINHAR UM ESCRITO, MANDE TAMBÉM SEU NOME OU PSEUDÔNIMO E UMA BREVE
(OU EXTENSA) APRESENTAÇÃO DE SUA PESSOA (IDADE, O QUE FAZ DA VIDA, E TE CÉ
TERÁ)

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___________________________ FIM!

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Rafael Reinehr 12:03 da manhã


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