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sexta-feira, maio 23, 2003

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade escalafobética
23/05/2003 - Edição número 24 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Poesia prá quê?"
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1. Editorial.........................................Rafael Luiz Reinehr

2. ......................................................Daniel Dutra

3. Para Sigrid......................................João Francisco

4. O trem dos loucos...............................Idésio de Oliveira

5. Um novo tempo, e sigo andando............Rafael Luiz Reinehr

6. Essência e seus mistérios..........................Idésio de Oliveira

7. Só tomate........................Eduardo Hostyn Sabbi

8. Guardiões...................................Idésio de Oliveira

9. O A e o Z..................................Rafael Luiz Reinehr

10. Cuidadores..................................Idésio de Oliveira

11. Beijo...............................Eduardo Hostyn Sabbi

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1. Editorial

"Não há, ó gente ó não, luar como esse do sertão..."
Quando conseguimos parar nossas vidas, descer delas, dar uns passos e olhar
para ela, ali, inerte, podemos aprender muito. Podemos aprender que
velocidade em excesso não é bom. A pressa é realmente inimiga da perfeição.
Contemplação é necessária para que possamos perceber que fomos feitos também
para gozar a vida, não somente construir futuros desenfreadamente sem
usufruir.
Volta e meia nos deparamos com problemas em nossa existência. Desde os mais
simples: dívidas a pagar, prazos de entrega ou realização de compromissos,
até mais importantes como casamento, aposentadoria, falecimento de entes
próximos, etc. Nesses momentos, alguns de nós têm a percepção de que estão
em um beco sem saída, encurralados, sem opções. Esse é um momento bom para
parar tudo, dar uns passos atrás (ou ao lado) e observar nossas vidas.
Crises vitais e problemas são, na verdade, grandes aliados: são ferramentas
que nos dão a oportunidade de recomeçar ou incrementar nossas atitudes
positivas frente à vida.
Momentos de amargura e sofrimento são inerentes à condição humana. Não
podemos esquecer disso em nenhum momento. Recarregar as energias é a pedida!
Atravessar precipícios em pinguelas cambaleantes e mergulhar em águas
gélidas faz parte do nosso caminho. Sabemos disso, entretanto queremos negar
tal aspecto da existência. Contos de fadas são contos de fadas. Vidas reais
são as nossas vidas. Objetivos existem e devem ser atingidos, principalmente
quando norteados por princípios éticos e morais bem delimitados. Vamos dar o
tempo que nossos atos precisam para colher os frutos.

Rafael Luiz Reinehr


A tristeza é só um esquecimento.
Você esqueceu que foi criado pela luz e para a luz,
Mas agora está no escuro,
Que é só o meio do caminho

Cleber Saffi - 29/04/03

PSIU: O site do Simplicíssimo já está no ar! Ainda em construção, mas nosso
domínio já está
garantido: www.simplicissimo.com.br . Já dá pra ter uma idéia do design (por
cima...) Vai lá!!!

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2.
Daniel Dutra*

Sei que o tempo vai passar
e as flores passarão despercebidas
Meu sangue correrá sem que eu perceba
Minha vida perderá o significado
Meus dias não terão sentido
Mas o tempo vai passar
e a saudade não perdoará aqueles que não aprenderam a amar
E acabará o sonho daqueles
que esperam ser felizes
Meus olhos estáticos choram o muito da vida não vivida
do abraço não dado
e das palavras de amor que não foram ditas
Se há vida não a vejo
mas espero que ela exista para que cesse a minha dor
a dor das flores
e daqueles que só esperam a sua morte...

* Meu nome é Daniel Dutra e sou estudante de Psicologia da UFSM.
O primeiro texto que mando para o jornal é primeiro poema que escrevi
quando tinha dezessete anos. Mando este poema porque o que mais gosto nele é
que mesmo passado três anos e minha visão de mundo ter mudado quase que
completamente nesse tempo algumas coisas nesse pequeno poema ainda continuam
fazendo sentido para mim. É um poema que não dei nome ao escrevê-lo e não me
atreverei a fazê-lo agora.

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3. Para Sigrid
João Francisco, maio 2003

O dia nasceu lindo

Sol resplandecente, outono surgindo

Mas nada se compara

Ao brilho dos olhos da minha amada

Luz polarizada, nem a lua se equipara

Que influencia o ciclo das marés e dos amantes

E eles, assim como eu, mergulham no olhar do seu amor

Para sentir a liberdade dos anjos, a alma, o calor.

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4. O trem dos loucos
Idésio de Oliveira

"Mestiços não adaptáveis" nomeavam as pessoas portadoras de doença mental,
na sua maioria negros, mulatos, índios etc, que eram trazidos de trem uma
vez por semana de Uruguaiana. Familiares os entregavam nas beiras de linha e
os depositavam nos vagões com destino à Porto Alegre. Foi nesta ocasião que
centenas de doentes viram pela última vez seus familiares. Isso ajudou a
construir a história do Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre".
(1ª Jornada de Psiquiatria do HCPA. "A Humanidade do Cuidado no Novo
Milênio".)

O trem dos loucos

De quando em vez, e agora, mais periodicamente, ele apita e me acena com sua
chaminé fumegante.

Não voltou mais pra Uruguaiana e vaga pelas ruas deste Porto.
Eu, "mestiço não adaptável", me agito todo quando o vejo a esconder-se entre
os edifícios.

Onde se esconde este trem que não encontro?

Às vezes é só o trepidar balançando sinaleiras e eu me levando afoito.
Doutras, num curto espaço de tempo, como um raio, um vagão passa só, e
janelas gradeadas e gritos vêm e vão como na chegada ao São Pedro.

Olho pra tantos que me olham e não encontro colo algum que me console da
falta de conversas dos meus pela casa.

Assim fico olhando os edifícios e esbarrando em gente que não me vê nem
ouve.
Vamos e voltamos atrás de coisas que nos fazem parecerem importantes.
Na verdade, o que queremos é o nosso trem nos pegando sem bagagens, a
qualquer hora, a nos levar de volta de onde viemos estâncias afora.


PoA, 24.06.99.

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5. Um novo tempo, e sigo andando
Rafael Luiz Reinehr


Delicadas mãos que correm pelo meu corpo
A anunciar a chegada de um tempo
Que há muito eu esperava

Já não sentia mais o mesmo pulsar
Que era habitual do meu ser
Até você chegar, até te conhecer

Continuo sem fazer promessas
Pois não é só seu o meu viver
Também é meu,
E da minha própria vontade eu preciso

Um toque e a lembrança
De bons momentos já vividos
Sentimentos já sentidos
Que agora quero repetir

Nada mais é escuro
Tudo agora tem novas cores
E brilhos, e luzes

Agora já respiro tranqüilo,
Caminho paciente, sereno
Meu caminho é brando

Pequenas coisas retomam seu valor
Flores e vaga-lumes voltam a ter sentido
Enfeitam minha nova trilha
Que já não é mais só minha.

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6. Essência e seus mistérios
Idésio de Oliveira

Contra os dissabores das horas deste tempo turbulento,
eu cuidarei de ti.
Deitarei teu rosto contra o peito meu
e te darei o reparo de um sono bom.
Não terei afazeres além do ofício de cuidar de ti.
Não terei ponteiros demarcando o atropelo de horas.
Estarei aqui noite a fio ...
Serei teu oásis dentro deste mar de rostos
com que esbarras na solidão de ruas.
Não te direi nada, não saberás quem sou,
tampouco saberei quem és.
Apenas cuidarei de ti ...
Te olharei nos olhos e saberei onde guardas a tua dor sentida.
Terei teu rosto no encosto do meu corpo e não guardarei desconforto se tua
lágrima marcar minha camisa.
Irei compor uma cantiga nova e cantarei envolto em cuidados na calma do teu
riso bom.
Não terás (depois do canto) feridas,
Porque o corpo que te guarda é santo e diante dele eu me prostro ao som de
sacros cantos.
É teu corpo que me diz o que sossega ou tange a tua alma aflita.
É teu corpo o guardião dos teus mistérios, e entre o teu,
o meu e o grão de pólen que germina os campos,
Mora a crença deste elo que falta e
atende por cuidado e que eu te proporciono para nos tornarmos construtores
deste universo santo em que seguimos desvendando a vida.


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7. Só tomate
Eduardo Hostyn Sabbi


Tomates maduros e verdes
Tomates verdes fritos
Tomates no ponto

Tomates secos e molhados
Molho de tomates secos
Tomates úmidos

Tomates frutas e legumes
Tomates de pele e sementes
Tomates quase gente

Tomates do pé ao prato
Tomates da mão à cara
Coisa rara, pára!

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8. Guardiões
Idésio de Oliveira

Onde pulsa um coração há vida.
O cuidado com a preservação desta vida exige maestria.
Não deve importar a nós de onde vêm as vidas ou para onde elas irão.
O que importa é como deveremos agir para preservá-las.
Esse dom não pode ser tolhido, pois, antes de tudo, é profissão.

No mundo institucionalizado, onde as vidas são nomeadas como "clientes",
"pacientes" ou outros artifícios que objetivam a "atender bem", sabe-se que
o dom de cuidar de seres humanos só é destinado a seres humanos.

Quem fica vigiando vidas, quem exerce este cuidado é tão profissional
quanto outro e carece de ser assistido quando fragilizado.

Não poderemos assistir vidas por tanto tempo, se não possuirmos a nossa na
sua integridade.

Não poderemos atender dignamente, se não recebermos condições humanitárias
voltadas ao exercício do dom.

O trabalho enquanto dom, ao ser exercitado, imbui-se de uma sacralidade
tão ímpar que exclui retóricas.

Que possamos ter acesso facilitado ao exercermos os dons!

Que possamos nos dar condições de sermos também assistidos!
Que estejamos nutridos o suficiente!
Que nossa jornada de trabalho não seja a que as leis amparam, mas a
que possamos suportar nos ombros!
Que tenhamos a dignidade de um bom descanso e que nos sobre tempo para
brincar com os filhos ao acordar dentro do dia!
É-nos claro o cuidado que devemos ter com a vida.
É-nos clara a fórmula para nos cuidarmos mutuamente.
Sabemos que a preservação da vida não ocorre quando nos dicotomizamos.

Em sua ingenuidade de união, cupins nos custam mansões.
Que possamos ser elos como em correntes construindo vidas!
Que possamos estar sempre ali vigiando-as, e certamente estaremos, enquanto
houver condições dignas para preservarmos toda a espécie de vida que perdura
enquanto bate um coração!

Canoas, 02 de dezembro de 1995

15:00


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9. O A e o Z
Rafael Luiz Reinehr


Antes de mais nada

Bem eu quero fazer

Como se só disso eu vivesse

Disso me nutrisse

Envolto em uma névoa

Fogueira de ilusões

Ganho a rua de um salto

Homem feito, já nada temo

Incorro em erros, sim, ainda

Já não minto mais

Lindas tardes eu passei

Memórias coloridas me acariciam

Não fogem, não voam

Ouriçam meus sentidos

Protegem meu coração

Que quer ainda mais saber

Renovar as experiências

Sentir as fragrâncias

Todas envolvendo meu corpo

Unidas, me entorpecendo

Viagem sem fim ao paraíso

Xadrez do bem e do mal

Zênite da felicidade

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10. Cuidadores
Idésio de Oliveira

Emprestas a tua mão e te vejo a cuidar do meu corpo enfermo.
Que profissão é essa que sabe onde moram as feridas que oculto sob a pele?
Que sabe onde a dor pulsa mais forte,
mesmo ante a tantos bálsamos que me afortunam?
Ontem, enquanto eu dormia a sono solto, emprestaste teu sono e ficaste em
vigília pra
que eu não sucumbisse às sombras e pudesse despertar com o sol.
Ontem, enquanto eu tinha a certeza de que provava o último sopro de vida,
tua
presença concreta me trouxe de novo à luz.
Que jornada é a tua que tomas para ti e silencias horas a fio, enquanto eu
grito e firo
os teus ouvidos?
Que jornada é essa a que te expões enquanto te agrido os sentidos com odores
incontinentes, e tu, mesmo assim, me sorris na intenção de me pôr à vontade.
Pra tua lida não há paga, e quem dela necessita alenta-se com os teus bons
cuidados.
Emprestas as tuas mãos e não cede ao peso do meu fardo.
Hoje, eu queria a certeza de que estás bem cuidado pra que exerças com
liberdade o
Dom que em especial te foi confiado.

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11. Beijo
Eduardo Hostyn Sabbi

Hmmm adoro beijo

Beijo ao acordar, bom dia será.

Beijo refeição, ai que tesão.

Beijo ao dormir é beijo Morpheu.

Mas quero mesmo é um beijo TEU!

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CRIAÇÕES.

LEMBRANDO: Vale qualquer coisa em se tratando de prosa, poesia, contos,
crônicas, divagações, teorias, letras de música, receitas culinárias,
reproduções de pedaços da lista telefônica, extratos bancários, excertos de
livros que te chamaram atenção, citações, resenhas, resultados de pesquisas
científicas, teses de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou
pós-pós-doutorado, opiniões, sugestões, insultos e ofensas, redações e
composições do tempo da infância, etc., ou seja, qualquer forma de expressão
cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
Ressalta-se que, preferencialmente sejam enviadas em formato .txt (pois
ocupa menos espaço). Caso seja enviado em .doc ou .htm, podem haver perdas
significativas na formatação.

AO ENCAMINHAR UM ESCRITO, MANDE TAMBÉM SEU NOME OU PSEUDÔNIMO E UMA BREVE
(OU EXTENSA) APRESENTAÇÃO DE SUA PESSOA (IDADE, O QUE FAZ DA VIDA, E TE CÉ
TERÁ)

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___________________________ FIM!

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Rafael Reinehr 9:18 da tarde

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade
16/05/2003 - Edição número 23 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Febre de rachar a boca!"
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1. Editorial...................................................Rafael Luiz
Reinehr

2. Determinismo e liberdade: vocabulário.......................César
Schirmer dos Santos

3. A Cozinha Maravilhosa do Mestle Kuh-Kah! - Almôndegas
Alemãs......................Mestle
Kuh-Kah!

4. "A realidade é para aqueles que não podem suportar o
sonho"*...........Carolina Schumacher

5. Escrever por Escrever XIX
(excertos)................................................Rafael Luiz
Reinehr

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1. Editorial

Uma das coisas que mais tenho apreço é ao conhecimento. Ao lado das
formas mais variadas de expressão artística, o conhecimento tem cadeira
cativa no rol de preferências da minha vida. De tal forma, qualquer pessoa
que possa me trazer conhecimento (quer seja técnico ou mesmo humano) pode
ter certo que terá meu respeito.
Não tenho vergonha em me espelhar em pessoas a minha volta e mesmo dizer
isso para elas. Sou propagandista número 1 daqueles que me ensinam coisas.
Agora mesmo, aprendendo a lidar com o Dreamweaver e programação HTML: esse é
um conhecimento que nunca vai me deixar, e graças ao meu grande amigo
Eduardo Sabbi, vou levar comigo um conhecimento que pode abrir várias
portas. Posso finalmente trazer para um público maior o Simplicíssimo.
Posso... Putz, que febre do cão! Deixei para fazer essa "segunda parte" do
editorial agora
pela manhã e nunca vi como uma febrezinha à toa consegue me derrubar. Dor no
corpo
todo, desânimo total...
Paracetamol... Estava guardando a letra abaixo para quando estivesse sem
criatividade
nenhuma; esse momento chegou!
Até semana que vem. Lembrem-se, a edição número 24 é uma especial
somente com
poesias! Ainda tem espacinho para mais algumas!

Rafael Luiz Reinehr

At Your Side (The Corrs)

When the daylight's gone and you're on your own
And you need a friend just to be around
I will comfort you, I will take your hand
And I'll pull you through, I will understand

And you know that
I'll be at your side, there's no need to worry
Together we'll survive through the haste and hurry
I'll be at your side
If you feel like you're alone, and you've nowhere to turn
I'll be at your side

If life's standing still and your soul's confused
And you cannot find what road to choose
If you make mistakes (make mistakes)
You can't let me down (let me down)
I will still believe (still believe)
I will turn around

And you know that
I'll be at your side, there's no need to worry
Together we'll survive through the haste and hurry
I'll be at your side
If you feel like you're alone, and you've nowhere to turn
I'll be at your side

I'll be at your side
I'll be at your side

You know that
I'll be at your side, there's no need to worry
Together we'll survive through the haste and hurry
I'll be at your side
If you feel like you're alone, you've got somewhere to go,
Cuz I'm right there
I'll be at your side, I'll be right there for you
(Together we'll survive) through the haste and hurry
I'll be at your side
If you feel like you're alone, you've got somewhere to go
Cuz I'm at your side

I'll be right there for you
I'll be right there for you, yeah
I'm right at your side

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2. Determinismo e liberdade: vocabulário
César Schirmer dos Santos
cesarschirmer@yahoo.com.br

27 de abril de 2003

CAUSA 1/ Conjunto de coisas que precede o efeito. 2/ Circunstância causal.
3/ Condição causalmente suficiente.
COMPATIBILISMO 1/ Defesa da tese que o determinismo é logicamente compatível
ou consistente com um tipo de liberdade fundamental para a defesa da
responsabilidade moral, a voluntariedade. 2/ O compatibilismo não afirma a
verdade do determinismo, mas sim a compatibilidade do mesmo com a
responsabilidade moral.
DETERMINISMO 1/ Usado para descrever escolhas e ações humanas como
consequências causais, questionando a liberdade de tais escolhas e ações.
DETERMINISMO BRANDO 1/ Toma o determinismo por verdadeiro e a liberdade
humana apenas pelo que é consistente com este, a voluntariedade.
DETERMINISMO DURO 1/ Toma o determinismo por verdadeiro e a liberdade, seja
esta voluntariedade ou originação, por algo incompatível com este.
INCOMPATIBILISMO 1/ Defesa da tese que o determinismo é logicamente
incompatível ou inconsistente seja com a originação, seja com a
voluntariedade. 2/ Por si só não defende nem a verdade do determinismo, nem
a verdade de algum tipo de liberdade. 3/ Incompatibilistas que tomam o
determinismo por verdadeiro e a liberdade por falsa são deterministas. 4/
Incompatibilistas que tomam a liberdade por verdadeira e o determinismo por
falso são libertários.
INDETERMINISMO 1/ Refere-se a escolhas e ações humanas para negar que estas
sejam efeitos.
LIBERDADE 1/ Gênero ao qual pertence várias espécies, inclusive o
livre-arbítrio e a voluntariedade.
LIBERTARIANISMO 1/ Defesa de algum tipo de liberdade contra algum tipo de
determinismo.
LIVRE-ARBÍTRIO 1/ O mesmo que originação. 2/ Uma das espécies de liberdade.
ORIGINAÇÃO 1/ O indeterminismo é insuficiente para haver liberdade, é
preciso que o humano em questão seja a origem da escolha ou ação em questão.
VOLUNTARIEDADE 1/ O tipo de liberdade que é ao menos ausência de compulsão
ou constrangimento. 2/ Tipo de liberdade fundamental para a defesa da
responsabilidade moral do agente.

Referência

HONDERICH, T. Determinism and freedom philosophy: its terminology.
http://www.ucl.ac.uk/~uctytho/dfwTerminology.html, 27/4/2003.

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3. A Cozinha Maravilhosa do Mestle Kuh-Kah! - Almôndegas Alemãs
Mestle Kuh-Kah!

Ingredientes:

400g de carne de gado moída
200g de lombo de porco moído
50g de bacon picado
1 cebola picada
1 dente de alho picado
1 ovo
3 colheres de sopa de salsinha
2 colheres de sopa de cebolinha
4 fatias de pão de centeio
1 xícara de água
1 colher de sopa de vinagre
sal e pimenta do reino
óleo para fritura

Modo de preparo:

Coloque o bacon em uma frigideira e leve ao fogo baixo até o bacon estar
crocante. Acrescente a cebola e o alho bem picados e refogue até a cebola
estar macia. Retire do fogo, escorra o excesso de gordura e deixe esfriar.
Coloque em uma tigela o vinagre e a água, acrescentando as fatias de pão. Em
uma tigela, misture os dois tipos de carne, a cebola e o bacon refogados, a
salsinha, o ovo levemente batido e misture bem, acrescentando sal e pimenta
do reino. Escorra as fatias de pão e esprema bem, misturando à massa de
carne e amasse até obter uma mistura bem homogênea. Faça bolinhas do tamanho
de ping pong e frite em óleo quente abundante. Escorra em papel absorvente e
sirva com salada de batatas e mostarda ou com arroz branco.
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4. "A realidade é para aqueles que não podem suportar o sonho" *
Carolina Schumacher

O sonho terá sempre um componente que o propulsione, que o desencadeie, que
para Freud é um desejo inconsciente de natureza sexual do sonhador. Além de
desejos sexuais inconscientes proposto por Freud, temos a concepção de Lacan
que dirá que todo desejo é um desejo do Outro. Não obstante, sabemos que o
desejo que desencadeia o sonho tem sua raiz numa realidade traumática
vivenciada pelo sonhador. Desse modo, considerando a realidade traumática
que retorna no conteúdo inconsciente dos sonhos, continuar dormindo e
sonhando parece ser uma tarefa difícil.
Freud ao explicar o conteúdo dos desejos inconscientes presentes nos sonhos
valeu-se de um sonho seu que não apresentava nada aparentemente sexual: o
sonho da injeção de Irma. Nesse sonho, Freud via a garganta infeccionada (em
carne viva e rubra) de Irma, uma paciente histérica, que ele tratava sem
obter sucesso. Ao ver essa cena horrível, Freud segue seu sonho de forma a
se transformar em comédia com três médicos enumerando num ridículo jargão
pseudoprofissional, as múltiplas e contraditórias razões para tal infecção
de modo a não culpar ninguém pelo fracasso do tratamento. Assim, o desejo
sexual inconsciente parece não ser desencadeante do sonho, mas antes um
desejo de Freud de não culpar aquele que ele responsabilizava, seu amigo e
também médico Fliess. Nesse sentido, o sonho de Freud veio a realizar um
desejo do grande Outro (Fliess) de não ser culpado e esse é ponto
importante: o desejo é o desejo do Outro. O Outro para Lacan é aquele que em
algum sentido "deve saber", é o sujeito que tem o "poder". Essa figura do
grande Outro pode ser representada na idéia de Deus. Lacan dirá que "Deus é
inconsciente" e é natural que acreditemos nele, sendo a crença
consubstancial à subjetividade humana. Desse modo, aquele que não crê em
Deus, não admite o grande Outro, e vive num mundo essencialmente
materialista - um mundo sem limites.
Sabendo dos desejos sexuais inconscientes e reprimidos presentes nos sonhos,
e considerando a sociedade capitalista materialista em que vivemos, podemos
inferir que também são "produzidos" desejos à medida em que criam-se
necessidades de consumo. A sociedade em que vivemos, produz um viés perverso
quando coloca o sexo como material de consumo. São produzidos acessórios,
instrumentos, e tantos outros suplementos que emprestam um viés perverso
excessivo ao sexo. Cria-se, desta maneira, a estrutura libidinal de consumo
que produz as necessidades que pretende satisfazer com seus produtos.
É nesse espaço do vale-tudo, onde criam-se e satisfazem-se desejos
produzidos pelo capitalismo, que vivenciamos tudo aquilo que não seria
suportável em nossos contatos intersubjetivos. A realidade do dia-a-dia
parece mais fácil de se suportar porque podemos "brincar" de criar e
satisfazer necessidades em forma de desejos que buscamos realizar
consumindo. È somente quando nos defrontamos com nossa realidade psíquica
sem censura, quando nos defrontamos com nossos sonhos, que percebemos a
dimensão da realidade que escondemos atrás da repressão. Os sonhos nesse
sentido são mais "cruéis" à medida que nos mostram nossa realidade encoberta
pelo recalque de desejos insatisfeitos e, por isso, afirma-se que a
realidade é para aqueles que não podem suportar os sonhos.

* Trabalho realizado para a disciplina de metapsicologia freudiana baseado
no texto "A fuga para a realidade" de Slavoj Zizek.

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5. Escrever por Escrever XIX (excertos)
Rafael Luiz Reinehr

{04/06/2001 - Segunda-feira - 23:27}

R$ 1043,20. Esse é o valor líquido que recebo todos os meses como bolsa de
residência médica. Mesmo valor que um residente recebia há 7 anos atrás.
Defasagem pela inflação superior a 125% (oficialmente, mas certamente
superior a 200% se extra-oficialmente). Vive-se adequadamente, mas não sobra
nada. Como vivem com R$ 180,00 ou menos por mês? Aluguel, luz, água, comida,
vestimenta, lazer, educação e saúde??? O quê? Isso é sub-humano! Isso é
crueldade! Isso é motivo para mandar encarcerar toda essa corja que
administra nosso país e suga toda a energia que nosso povo precisa. Se estou
feliz com meu "salário"? Sim e não. Relativamente ao que ganha 90% da
população brasileira: satisfeitíssimo. Relativamente ao que ganham os
abastados e aproveitadores salafrários burocratas e gerentes do capitalismo:
de forma alguma. Absolutamente: não. Mereço mais pelo trabalho que faço. Não
mereço mais dinheiro. Mereço mais consideração, mais espaço, mais lazer e
cultura. Estou cansado. Mereço descansar. Descansar mais para trabalhar
melhor. Eu quero descansar e não posso. Não me deixam. Eu não me deixo.
Estou cansado. Vou dormir... {04/06/2001 - Segunda-feira - 23:36}

{06/06/2001 - Quarta-feira - 14:09}

Aspectos Essenciais da Medicina de Família
(retirado de palestra dada pelo Dr. Garth Manning, do Royal School of
General Medicine, London, no HCPA, hoje pela manhã)

1. "O Cuidar" : não necessariamente só diagnosticar e tratar, mas também dar
atenção ao lado psicossocial.
2. "Competência Clínica": dar o "conselho" adequado, ter a capacidade
técnica de acertadamente orientar o paciente. Provém de um treinamento
médico adequado.
3. Continuidade do Tratamento: conhecer o paciente e este nos conhecer. É
diferente do tratamento intermitente oferecido pelo especialista.
4. "Cuidado Abrangente": tratamento do indivíduo e sua família em aspectos.
Atenção na prevenção.
5. Custo-efetividade: o médico de família, do ponto de vista do paciente e
da comunidade, com altos índices de aceitação e satisfação, além de menores
custos. Controle dos crescentes custos oferecidos pela "tecnologização" da
medicina.
6. Coordenação do Cuidado: ter um sisma de "gerenciamento" para determinar o
que é necessário para o tratamento do paciente como um todo. O médico de
família deve se responsabilizar por decidir quando é necessário o
encaminhamento do paciente para o especialista.
7. Experiência/Capacidade em Tratar/Manejar Problemas Comuns: médicos devem
ser treinados para reconhecer o normal e o comum, o mais prevalente, e
capacidade de excluir enfermidades sérias.
8. Cuidados e Pesquisa Embasados na Comunidade: cuidar uma camada fixa da
população, que ele passa a conhecer.
9. Capacidade de Comunicação e Aconselhamento: não somente com pacientes mas
também com colegas e com o sistema de saúde {interrompido mais ou menos às
14:30 e reiniciado às 16:31} . Incluir o paciente no processo de decisão;
tentar sair do sistema "médico-orientado". Tornar-se o "drug-doctor":
aquele que age como uma droga, como o medicamento em si.
10. Educação Médica Continuada: humanizar, fazer entender que problemas
médicos não são somente aqueles que necessitam internação hospitalar.

Conforme Dr. Manning, de cada 1000 pacientes de uma comunidade, 750 referem
algum sintoma clínico quando inquiridos diretamente. Destes, somente 250
procurarão ajuda de um médico. Destes, 25 necessitarão de auxílio do sistema
de saúde secundário (exame especializado, especialista, procedimento
hospitalar). Destes por sua vez, 9 necessitarão de hospitalização e somente
1 deles que precisará realmente de auxílio em nível terciário em hospital
universitário, por exemplo.
Não esquecer:
- Não usar tecnologia para substituir a relação médico-paciente
- Saber trabalhar em times, em equipes.
"As pessoas têm o direito e o dever de participar individual e coletivamente
no planejamento e implementação do seu cuidado de saúde" (Declaração de Alma
Ata, 1978)

Isso me lembra de, um dia, escrever sobre "A Ditadura do Controle Remoto e
do Vidro Elétrico". Sim, porque com toda tecnologia que invade nosso
dia-a-dia, tornando-nos cada vez mais sedentários, daqui a pouco tornar-se-á
impossível não ser gordo. Sei que estamos longe de um mundo onde robôs e
andróides farão todo trabalho braçal, sobrando para nós, humanos (?), o
trabalho intelectual e o lazer.

Os Crescimentos Atriais
a - Crescimento do átrio direito
Ocorrendo um crescimento do átrio direito, o vetor médio de AD vai aumentar
em amplitude, deslocando-se mais para a frente e para a direita. O vetor
médio de P (resultante entre o de AD e o de AE) se orientará também mais
para a frente e menos para a esquerda do que o habitual. {06/06/2001 -
Quarta-feira - 16:58}

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...VIRTUAL" COMO OUSARAM DIZER UNS E OUTROS... PENSE NESTE E-ZINE COMO UM
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CRIAÇÕES.

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crônicas, divagações, teorias, letras de música, receitas culinárias,
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livros que te chamaram atenção, citações, resenhas, resultados de pesquisas
científicas, teses de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou
pós-pós-doutorado, opiniões, sugestões, insultos e ofensas, redações e
composições do tempo da infância, etc., ou seja, qualquer forma de expressão
cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
Ressalta-se que, preferencialmente sejam enviadas em formato .txt (pois
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Rafael Reinehr 9:17 da tarde

segunda-feira, maio 12, 2003

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade "a cada 10.080 horas, mais
ou menos"
09/05/2003 - Edição número 22 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Patrulhando o espaço, ninguém viu, ninguém vê..."
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1.
Editorial...................................................................
.........Rafael Luiz Reinehr

2. " ... e bush bombardeou os céus, pois Deus abrigou os terroristas ...
"....................Eduardo Hostyn Sabbi

3. Meditação na cura de doenças
psíquicas.......................................Daiana da Silva

4. Falando sobre Medicina tentando não ser chato......................Pedro
Schestatsky

5. Por Incrível Que Pareça!...............................Edi Ouro

6. Escrever por
Escrever............................................................Rafael
Luiz Reinehr

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1. Editorial

Fuga de idéias.
Chongas.
Choninhas (procure no Houaiss...).
Locupletando.
Propranolol. Sulfametoxazol Trimetoprim.
Ah, se eu te amasse tanto assim...
Na gaveta, ali ó...
Seu Ubiraí!

Hoje realmente foi um dia curioso. Trabalhei com calma, beeeeem na
lenta. Dei uma "baixada" no ritmo... ...e me senti muito bem!
À noitinha estava, em um momento de folga, assistindo à TV, quando a
"auxiliar de serviços gerais" do local, com seus 40 e poucos anos me disse o
seguinte, logo após tido a cumprimentado efusivamente, como é de meu
costume:
"- Doutor, esse primeiro de maio foi meu primeiro em que passei
trabalhando. Muito bom isso né?"
Vi aquele sorriso sincero em seu rosto, cheio de felicidade que só
alguém que tem seu trabalho e o sustento da família (temporariamente)
garantidos pode exibir.
Concordei com ela e a parabenizei. Disse-lhe que, sendo ela uma ótima
funcionária, agora seu emprego estaria garantido. Reforcei seu otimismo, sua
esperança e sua alegria. Disse isso mesmo sabendo que, muitas vezes, a
lógica da empresa não é a lógica do justo, ou a lógica do merecimento. Que o
diga o seu Hamilton dos Santos (aquele singular funcionário que se recusou a
demolir a casa que estava construída em terreno alheio)!
Muitas vezes reclamamos porque trabalhamos demais. Não nos damos conta
que, em boa parte dessas vezes, essa opção é nossa. TEMOS trabalho! Vamos
fazer! Gostamos do que fazemos? Em frente! Não gostamos? O que nos cerca?
Temos saída imediata? A curto prazo? A médio prazo? Péra lá! Claro que
podemos crescer!
Certamente eu nunca ganharia dinheiro escrevendo. Ainda mais de forma
confusa como acima...

A falta de assunto já foi meu tema anteriormente (e de tantos cronistas
gaúchos) por isso, não vou falar sobre isso.

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Quem não conhece, tem que conhecer: www.spamzine.net e
www.capsulazine.kit.net . Sobre o www.argumento.net já falei, mas não custa
repetir: é muito legal e, além de tudo, tem sempre uma promoção te levando
ao cinema "de grátis"! Logo logo, a página do Simplicíssimo estará no ar! Lá
muitos links para os melhores e-zines, blogs e páginas do mercado.

É, não adianta mesmo! Semana que vem talvez tenhamos um editorial com
conteúdo "lível". Se alguém se candidatar, pode tomar as rédeas, por favor!
Até lá, fiquem com seus ideais!

Rafael Luiz Reinehr (recuperando-se de estresse pós-traumático por
acontecimento ontem no 8 e 1/2 Bar, em Porto Alegre)

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2. " ... e bush bombardeou os céus, pois Deus abrigou os terroristas ... "
Eduardo Hostyn Sabbi

E de repente veio a guerra e com ela os corpos. Muitas batalhas, infinitos
mortos.
Deus, de braços abertos, perdoou todos os seus. Mesmo terrorristas, crentes
e ateus.
A notícia se espalhou, como voa um boato. Muitos questionaram, a verdade do
fato.
Bush não pensou 2x, nunca fez diferente (nem com suas fezes, havendo ou não
patente).
Abriu logo fogo aos céus, usou tecnologia. E sua falta de tutano, custou-lhe
a porcaria.
Em sua última tolice, esqueceu da natureza. Tudo que vem tem volta, já dizia
a certeza.
Ou o que sobe, desce. Simples profecia. Cada bomba no céu sumida, do céu
reaparecia.
E não sobrou ninguém, tampouco a superfície. Nem esse pequeno poema, grande
idiotice!

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3. Meditação na cura de doenças psíquicas
Daiana da Silva

Cada vez mais técnicas alternativas para manter a saúde psíquica e ter
uma vida melhor estão sendo procuradas. A saúde está diretamente ligada ao
bem estar do corpo e da mente. Para isso, o Centro de Meditação e Terapia
Bio Zen busca mostrar o caminho para o equilíbrio entre corpo, mente e
espírito. O Centro fica na rua Borges de Medeiros, 429 - 2º piso, sala 3
Para ter uma vida tranqüila e harmônica deve-se trabalhar com calma e
entusiasmo as tensões do corpo e da mente. As repressões, os traumas,
angústias e alegrias são reprimidos pelas próprias pessoas. A meditação é
uma técnica para abrir este caminho. Ela vai liberar toda a energia que está
reprimida, e que, desta forma, não pode se manifestar.
No Centro de Meditação e Terapia, são utilizadas várias técnicas na
procura do equilíbrio energético. Iniciação à Respiração e Meditação,
Renascimento, Terapia Corporal e Reiki. Segundo o coordenador do Centro,
Nataniel Piva Rocha, "a primeira parte do trabalho é feita com o corpo, para
torná-lo mais vivo e flexível. É um trabalho que começa com a terapia e
termina com o silêncio". Durante os anos, acumulamos tensões que mais tarde
vão desencadear em problemas físicos e psíquicos. Depois de liberto o corpo,
vem o trabalho com a mente.
A meditação existe há cerca de 7 mil anos. Iniciada na Índia, era usada
na busca para transender o sofrimento. No Brasil, ela iniciou em meados
dos anos 60, iniciando com os yogues, que começaram a sentir coisas
diferentes em seu di-a-dia. Mais tarde, ela começou a ser usada na busca de
paz interior.
A respiração é outro ponto trabalhado no Centro. Uma respiração natural,
longa e profunda, vai deixar o corpo mais vital e enérgico. Conforme o
coordenador, "a respiração curta vai levar pouco oxigêncio ao cérebro e vai
fazer com que os órgãos fiquem menos irrigados e menos vivos". A meditação
pode utilizar a respiração para revitalizar certos pontos, como a irigida
para a barriga, onde está localizado o centro de vitalidade e poder. A
respiraçãp pelo coração vai abrir a afetividade, fazendo com que as pessoas
fiquem mais próximas dos outros e de si mesmas.
A técnica de exercícios corporais estão baseados na construção do
homem total, que é composto por cinco linhas: a vitalidade, afetividade,
amorosidade, criatividade e espiritualidade. A felicidade só será encontrada
quando todas estas linhas estiverem andando juntas harmoniosamente. Através
dos exercícios, que fazem com que a energia circule de um modo mais amplo
dentro do corpo, a mente, conseqüentemente, terá um resultado positivo.
As técnicas se preocupam em trabalhar todos os segmentos do corpo.
Começa no primeiro centro vital, primeiro chacra, referente à segurança,
passando para o segundo, o da sexualidade, para o terceiro, da confiança e
poder, quarto, amorosidade, quinto, criatividade e o sexto chacra, refente à
intuição. "Os centros estão interligados, sendo que a harmonia deve ser em
todos eles", afirma Nataniel.
Como a energia é uma só, ela apenas se canalisa para alguns pontos. A
energia psíquica é ligada à energia sexual, que é a energia básica. Se esta
não fluir para a mente e para o coração, haverá uma energia estagnada, é a
chamada energia negativa. Corpo, mente e espírito são energias. Porém, a
energia mais condensada, corpo. A mente é uma energia menos condensada e o
espírito é uma energia mais sutil. Todas as atitudes com o corpo vão
refletir na mente e no espírito e vice-versa.
Para ter uma saúde melhor, Nataniel recomenda, além de trabalhos
corporais, esportes, caminhadas para tornar o corpo mais leve e preparado
para seguir adiante no trabalho mental e espiritual. A alimentação também é
fundamental, sendo que a mais saudável é a natural.
O espírito é uma energia que está sempre alegre, viva. O que realmente
afeta o bem estar do indivíduo, são os problemas do corpo e da mente. "A
mente e o corpo são janelas para o espírito. Quando a mente e o corpo estão
limpos, é possível ver o espírito brilhando", diz Nataniel.

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4. Falando sobre Medicina tentando não ser chato
Pedro Schestatsky - R4 Neuro

Adoro os pacientes. Sério. Amo a sua simplicidade e até a sua falta de
adesão. Para mim são como se fossem criancinhas ingênuas que sempre nos
fazem sentir seus pais. Parece que forçam a barra para serem advertidos. São
malandros, é claro e o fato de o serviço de saúde ser gratuito infelizmente
colabora para isto. "Se bem que não é bem assim". Tem muito pastor,
empresário, jornalista, catedrático e tudo mais, que mal consegue tomar um
macrolídeo por 3 dias. Bom, "paciente-médico", então, esse nem se fala...
Esses dias fui chamado às 16h, quando estava prestes a dormir um pouco:
Lubilinski (nome fictício) estava morto. Não esperava tão cedo. Era de certa
maneira surpreendente. De manhã estava pulando e agora completamente inerte.
Claro, fizemos tudo que podíamos, mas ele provavelmente havia sangrado lá em
cima, na cabeça. Apesar de sua obsessividade compulsiva gostava muito de
Lubilinski, ao contrário do resto da equipe que não simpatizava com ele só
por causa do episódio em que ele pediu para a atraente residente-chefe
passar creme Lanette em suas costas. E daí? penso eu. Não custava nada
tentar. Estava no direito dele, de cidadão masculino, independentemente da
sua condição de saúde.
Mas nada melhor do que um paciente com Distúrbio-obsessivo-compulsivo,
como ele era, para tratar seu SIADH (síndrome da secreção inapropriada do
hormônio antidiurético, uma situação secundária a algumas neoplasias, em que
o paciente se vê obrigado a restringir qualquer tipo de líquido por causa do
sódio baixo). Olha, foi recompensador. Ele anotava tudo o que prescrevíamos
e bebia exatamente o que lhe era imposto - 750ml/dia! O paciente dos sonhos
de qualquer médico. E não foi para menos, Lubilinski morrera com um sódio
NORMAL de 131 meQ/l (que chegou a ser 116 cinco dias antes - muito baixo).
Ótimo, pelo menos nisso demos um jeito, TRATAMOS SEU EXAME. Às vezes é a
única coisa que podemos oferecer, tratar o exame, não o paciente.
Cheguei no quarto para atestar o óbito e lá estavam os familiares ao
redor, putos-da-cara. Tudo bem, não vamos nem discutir isto. Estavam recém
"elaborando" (adoro este termo, emprestado da psiquiatria) a perda de seu
ente querido e podiam ter reações bastante imprevisíveis, até bizarras, como
gargalhadas, vômitos ou pseudo-convulsões. Fiquem à vontade, desde não nos
agridam fisicamente. Nestas ocasiões é "permitido" até nos xingar, ou a
nossos parentes. Costumamos entender. Pois sua filha veio então ao nosso
encontro:
"Para quê, hein? Para que, vocês, MÉDICOS DE MERDA, engomados até o pescoço,
estudam tanto?", chorava bastante. Fez-se um silêncio constrangedor e ela
mesmo respondeu, com os dentes semi-cerrados: "PARA NADA!!! O dia que eu
descobrir o MEU CÂNCER, vou dar um tiro na própria cabeça!", finalizou
abraçada ao corpo desabado de Lubilinski.
"Deus", pensei. Aquela mulher não estava tão errada assim, embora não
entendesse que para o médico, o alívio é em geral tão mais importante do que
a cura. No entanto, eu não me lembrava da "carinha" dela durante a
internação de Lubilinski em nenhum momento. Onde estava ela enquanto
aguentávamos a birra e a doença terminal de seu pai? Ou quando trazíamos
notícias trágicas a cada novo exame? Provavelmente em casa. Até certo ponto
preocupada, mas em casa. O sentimento de culpa da família costuma ser o
grande responsável pela maioria dos conflitos entre médico e familiares.
Contra isso, o melhor remédio é um relacionamento franco e aberto desde o
início do atendimento, sem ser muito seco. Eis uma das maiores dificuldades
do médico moderno - não basta assinar 27 revistas médicas ou decorar 329
enzimas!
Seguimos então ouvindo a mais e mais críticas e observações dos
familiares, em um silêncio compreensivo. Um silêncio diferente, sutil. Não
aquele "silêncio da confissão", como se culpa fosse sua. Procuramos evitar
confrontações ou puxar a brasa para nosso lado. Nestas horas, não banque o
"detentor absoluto do conhecimento das doenças". A não ser que tenha tido um
DIA muito ruim, ou uma VIDA muito ruim. O paciente e seus familiares nada
têm a ver com as suas amarguras pessoais, e nem têm a obrigação de
engolí-las.
"O tempo passa mais rápido quando se espera um elevador, impressionante.
É por isso que chego atrasado aos rounds da onco. E também porque eu costumo
amarrar os cadarços dos meus sapatos. Nunca amarre seus sapatos quando
passar pela onco.

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5. "Por Incrível que Pareça"
Edi Ouro

"Uma grande parte das mulheres inglesas de quarenta anos ou mais tem
joanetes."

"Ana Bolena, segunda esposa de Henrique VIII, passou a véspera de sua
execução na mesma sala da Torre de Londres que havia ocupado na véspera de
sua coroação."

"Os ratos podem viver mais tempo sem água que os camelos."

"Quem primeiro adotou o uso de óculos escuros foram as estrelas de cinema.
Não para parecerem misteriosas, mas para protegerem os olhos contra o clarão
estonteante dos reflexos usados antigamente nos estúdios."

"Um litro de vinagre é mais pesado no inverno que no verão."

"Em 1925, o inverno foi tão rigoroso no Canadá que as cataratas do Niágara
ficaram completamente congeladas."

"A carne do canguru não contém colesterol."

"Os tamancos holandeses são entalhados num único bloco de madeira
(amieiro)."

"O número de telegramas expedidos anualmente na União Soviética é dez vezes
maior que nos Estados Unidos."

"Os binóculos modernos são mais potentes que o telescópio de Galileu."

"Ao contrário das outras substâncias, o magnésio ganha peso quando queimado:
suas cinzas pesam mais que o pedaço original do metal."

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6. Escrever por Escrever
Rafael Luiz Reinehr

{29/05/2001 - Terça-feira - 21:37}

Hoje tive uma idéia para mais um trabalho em Antropologia, na aula de
Antropologia do Corpo e da Saúde: fazer um trabalho sobre "Comida de Doente"
. É isso aí: "comida de doente"! Vou entrevistar pacientes acerca das dietas
que recebem enquanto estão internados, os médicos que prescrevem essas
dietas e os nutricionistas que avaliam e acompanham o seguimento, adequação
e aceitação das dietas. Também pretendo fotografar alguns pratos oferecidos
aos pacientes e, disso tudo, fazer meu trabalho de conclusão da cadeira. Vai
ser interessante!
(((...)))

PS: quando eu comprar meu computador novo, com scanner e web camera com
camera fotográfica digital, irei digitalizar algumas fotos e colocar no meio
do texto para dar uma idéia sobre coisas e pessoas sobre as quais escrevo
(ou não!)

Casseta & Planeta rules, assim como Piores Clipes do Mundo! {29/05/2001 -
Terça-feira - 22:08}

{02/06/2001 - Sábado - 21:46}

Quero aqui deixar expressa minha profunda indignação em relação ao
desprrrrezível cereal Arroz, essa entidade que vive "grudado" e
atormentando nossas namoradas, se fazendo de "amiguinho", só esperando,
pacientemente, a melhor hora para dar o bote.

Fluxo de idéias. Intelectualismo hipomorfo, insosso. Antropofagia
construtiva. Pleomorfismo hidrofóbico. Cacofonia dialética. Imediatismo
acintoso! Dúvida cruel. Penélope Charmosa. Cuzcuz de agrião. Sentimentalismo
afônico, métrico. Heráldica inconstitucional. Justaposição seqüencial. Ranço
defectivo. Safadeza compulsiva! Mas como é que pode?...
Sacro-ileíte crônica agudizada. Vasculite intracerebral??? Será?
Feijões nos dentes... Mentes dementes, departamentos de médicos
residentes... Homens que plantam sementes... Gente que nem a gente,
principalmente!

Quando a falta de criatividade invade meu corpo... Ah! Preciso de
estímulos... Que nem eu tive hoje, no curso de Relação Médico-Paciente lá no
Clínicas. Foi muito estimulante. Durante as palestras, fui tendo várias
idéias, que infelizmente não anotei e agora, tentando me lembrar, não
consigo. As pessoas dizem que se não nos lembramos de alguma coisa é porque
esta coisa não vale a pena. Eu não concordo. Acho que estou doente. Ou pelo
menos insuficiente. Isso é uma coisa que já tenho notado há algum tempo:
minha memória não é suficiente para as minhas necessidades. Acho que vou
parar de beber totalmente por alguns meses para ver se isso melhora. Mas o
que eu acho mesmo que preciso é de um bom e longo descanso... Vou ler um
pouquinho e dormir... Sem comentários sobre meus últimos dias...

(((...)))

{03/06/2001 - Domingo - 15:20}

Aí seguem alguns apontamentos que fiz no curso "Relação Médico-Paciente e
Humanização na Prática Médica":

"A Medicina é uma ferramenta para ajudar os seres humanos a alcançar a
felicidade" (idéia para um texto)

"A Faculdade de Medicina: Uma Biópsia da Sociedade" - Analisamos os reflexos
de nosa sociedade em uma parte dela - os estudantes de Medicina - que
reflete as virtudes e vicissitudes da mesma e as mantém em forma latente.

"Nem por você nem por ninguém
Eu me desfaço dos meus planos
Quero saber bem mais que os meus
Vinte e poucos anos..." (Fábio Júnior)

"Uma Verdadeira Medicina Social - a que Distância Estamos?"

"Síndrome de Fantástico": Paciente chega no consultório na Segunda-feira
perguntando sobre aquele novo tratamento para aquela doença que ele viu no
Fantástico no dia anterior.

"Um dos problemas da raça humana é a eterna busca da superioridade. Não nos
contentamos em poder conversar (e nos relacionar) no mesmo nível dos nossos
interlocutores. Abençoados aqueles que conseguem alcançar um determinado
patamar, pelos seus esforços, e, pela sua vontade, conseguem "descer" ao
nível daqueles que pelos mais diversos motivos ainda não chegaram lá, e
compartilhar com estes experiências e conhecimento" {03/06/201 - Domingo -
15:38}

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CRIAÇÕES.

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" Gimme the night, e-zine o escambau!"
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1.
Editorial.............................................................Rafael
Luiz Reinehr

2. Heidegger: o §45 de Ser e
Tempo....................................................César Schirmer dos
Santos

3. Eram os deuses astronautas?.......................Evelise Birck Rodrigues

4. Espaço místico - A psicologia do esotérico
(Osho)................encaminhado por Daiana da Silva

5. Errar ainda é Humano - Considerações psicológicas e espirituais acerca do
sentimento de culpa..............Adriano Oliveira

6. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições)..................Rafael Luiz
Reinehr

7. Escrever por Escrever XVII
(excertos).....................................Rafael Luiz Reinehr

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1. Editorial

Às vezes me pego a pensar: porque tudo isto? Porque essa necessidade de
comunicação, de criação literária que me incita a juntar combinações de
palavras e deixá-las registradas no que eu chamo de Éter Universal? Em
tempos tão fugidios, onde o contato pessoal acaba ficando um pouco "de lado"
em relação a contatos "virtuais". Essa ânsia de escrever, já reparei, não é
só minha. Proliferam-se centenas de centenas de e-zines, blogs e outras
formas de expressão literária (ou visual) na Internet (que tornou essa forma
de expressão acessível a qualquer um que tenha próximo de si um computador
conectado à Grande Teia). Pessoas com desejo de expressar seus sentimentos e
opiniões, os "Críticos da Ordem Vigente" são milhões. Alguns com maior
outros com menor qualidade, todos com o mesmo intuito: serem ouvidos. Também
é por isso que existe o Simplicíssimo. Ninguém brada somente para restar o
alcance da voz. Quer que sua voz seja efetivamente avaliada e correspondida.
Também, essa proliferação de vozes que presenciamos deve-se, neste
começo de século a algo que vimos surgir progressivamente na história
moderna e que agora atinge seu ápice com a globalização: um processo
contínuo de individualização ocorrido no século XX, que levou à formação de
sociedades marcadas por ausência de vínculos tradicionais, afins ao espírito
individualista da concorrência empresarial (como bem descreve Verlaine
Freitas, em Adorno & a Arte Contemporânea, Ed. Jorge Zahar). Tal processo de
individualização levou a arte a extremos como a pintura abstrata, a criação
da música atonal e a negação de um narrador onisciente na literatura. Também
levou, nos dias de hoje à verborréia desenfreada e desvinculada
necessariamente com qualquer tipo de organização estreita, ao "jornalismo
gonzo", "cardososonline" e outras formas de "anarquismo literário", como
este e-zine que agora inunda sua retina e massa encefálica.
Essas expressões artísticas, denotam individualmente e em grupo, um
certo inconformismo com o "estado atual das coisas". Sugerem um "grito
surdo, ensurdecedor" que quer se libertar e fazer acontecer algo novo, algo
diferente. Novos materias, novos meios, novos ambientes, relações e
conclusões, enfim, novos fins.
Parafraseando ainda Verlane Freitas, " a rede de conceitos e
preconceitos que usamos para entender a realidade nos desacostuma de admirar
o que é diferente; a arte procura, desesperada e fugidiamente, reparar
isso."; ou seja, ao contrário da racionalidade pura, que busca separar o
sujeito do objeto, fazendo com que o primeiro domine o segundo, a arte, por
sua vez, tenta trazer ao sujeito sua dimensão natural, corporal, desejante,
não caindo na magia e na superstição mas sim na estruturação radical da
obra, que é o que vemos em nossos dias com os exemplos acima.
Como disse Michael Moore em seu discurso ao receber o Oscar por melhor
documentário de longa-metragem na cerimônia do Oscar deste ano: "Vivemos
tempos fictícios, de eleições fictícias, guerras por motivos fictícios...".
É isso mesmo: vivemos em tal estado de consumismo e materialismo que
deixamos de ser nós mesmos em prol de um "status" que nos é imputado
diariamente pelos meios de comunicação em massa. Essas pequenas resistências
podem não estar demonstrando ainda seu poder, mas o tempo dirá se todo esse
trabalho artístico-cultural que vemos explodindo em todos cantos foi em vão.
Ou não.

Rafael Luiz Reinehr

"Não sofremos de falta de comunicação, mas ao contrário, sofremos com todas
as forças que nos obrigam a nos exprimir quando não temos grande coisa a
dizer".
Gilles Deleuze, filósofo

PS: depois da panfletagem de "divulgação do Simplicíssimo" no Jardim
Elétrico, durante o aniversário do colaborador César e da assinante Lia,
comunicamos sua eficácia na aquisição de novos leitores: Zero!

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2. Heidegger: o §45 de Ser e Tempo
César Schirmer dos Santos
cesarschirmer@yahoo.com.br

18 de abril de 2003

O homem, ser-aí, é um ser-no-mundo, e como tal está sob o estado de cuidado,
preocupação. Sua essência é sua existência, e o ente que o ser-aí é o que
sou, em cada caso, eu mesmo. Cada um de nós, pessoas existentes no mundo,
tem sua própria existência, e assim sua própria essência.

Tentar compreender o ser faz parte da constituição do ser-aí.

Existência é poder ser. Tudo o que o ser-aí pode ser se dá na sua
cotidianidade, entre seu nascimento e sua morte. A morte é sempre algo que
pode ser para o ser-aí, uma possibilidade sempre presente no horizonte da
vida de cada um, mas que, em cada caso, não é ainda. O ser de cada um de nós
resiste à nossa própria tentativa de apreendê-lo como um todo. Sempre que
tentamos compreender nosso ser, nossa existência, o fazemos como uma das
nossas maneiras de ser no mundo, e este nunca nos é dado completamente.

A compreensão total do ser-aí exige que sua existência, seu poder ser total
seja tomada até o fim, ou seja, até a morte.

A existencialidade do ser-aí fundamenta-se ontologicamente na temporalidade.
A vida cotidiana é um modo desta.

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3. Eram os deuses astronautas?
Evelise B. Rodrigues

É um clássico ímpar que descreve com minúcias provas de que a vida
inteligente na terra iniciou após a vinda de seres extra-terrenos ao nosso
útero azulado. Mas o mais interessante é que o livro não é encaixado na
seção Ficção Científica, pois o autor, Erick von Daniken, mostra fotos e
mais fotos, números, cálculos e obras de proporções nababescas que não
poderiam ter sido construidas por simples homens sem qualquer tecnologia
superior. São imensas estruturas de pedra, pistas para aero ou espaçonaves e
centenas de gravuras espalhadas por todo globo que surpreendem pela
semelhança que expoem, e mais, pela semelhança que todas tem com homens com
roupas e capacetes espaciais. O texto beira a loucura e é ótimo para quem
vive só pensando em coisas e problemas mundanos e pequenos. Aconselho
fortemente.

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4. A psicologia do esotérico - Osho
(enviado por Daiana da Silva)

- O processo evolucionário requer o desenvolvimento da consciência. A
matéria é totalmente inconsciente. Mas esta evolução consciente somente
começa se deixarmos que ela comece.
- Vida significa movimento. É impossível permenecer aonde estamos. Ou
evoluímos ou regredimos.
- Para se chegar a um estado búdico devemos aceitar o homem em sua
totalidade. "A mente deve ser treinada de forma racional, lógica, mas deve
simultaneamente ser treinada de uma forma irracional. Não se pode crescer a
não ser que se creça totalmente.
- A evolução consciente começa com o homem. A evolução inconsciente
ocorre naturalmente. Quando esta satisfaz seu propósito, a evolução pára.
Então chega-se à consciência. Agora o homem pode decidir se evolui ou não.
A evolução inconsciente é coletiva. Quando esta torna-se consciente,
passa a ser individual.
- Há um grande medo da liberdade. Pois quando somos escravos, a
responsabilidade nunca é nossa. Quando somos livres, temos de tomar
decisões. A evolução somente acontece com a responsabilidade individual.
"Se vc se torna iluminado sem seu próprio esforço individual, esta
iluminação não vale a pena."
- É através do isolamento interior que o ego se desmancha. O ego é como
uma semente: deve-se destruir a si mesmo para que a planta germine. Somente
através do isolamento acontece a unicidade interior total, e isto somente
acontece quando o ego está ausente.
- Meditação significa viver sem palavras. É a cuminação do amor: amor
pela existência total.
- A constante transformação das coisas em palavras é um obstáculo à
mente meditativa. A meditação é o relacionamento vivo com as coisas que o
cercam. "A sociedade precisa da linguagem, mas a existência não. Meditação
significa tornar-se um mestre do mecanismo da mente. Quando a existência e a
consciência tornam-se uma, quando elas estão em comunhão, aí está a
meditação.
- Mediante a linguagem, vc foge da existência , vc foge da vida, porque
a linguagem é morta.
Deve-se deixar que os momentos existam sem que as palavras existam.
Consciência não tem nada a ver com palavras, é um ato existencial, não
tem a ver com a linguagem, não é um ato mental.
- Estar consciente nos transforma em testemunhas capazes de perceber os
vazios entre a experiência e as palavras. O vazio que há entre duas
palavras, entre duas notas musicais, só pode ser percebido através da
consciência. Quanto mais conscienta vc se torna, mais lenta sua mente se
torna, e vice-versa.
Se vc se tornar consciente do seu estar só, então vc se torna consciente
do estar só dos outros. Aí vc sabe que tentar possuir o outro faz sofrer. Se
vc é corajoso para viver com os fatos como eles são, vc torna-se inocente.
Seja inocente e tudo de bom fluirá até vc. A inocência é religiosidade, é o
pico da verdadeira realização.

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5. Errar ainda é Humano - Considerações psicológicas e espirituais acerca do
sentimento de culpa.
Adriano Oliveira*

A atitude do ser humano de censurar severamente a si mesmo ocorre há
séculos. Basta um só erro ou atitude da qual nos arrependamos para que
venhamos a nos autopunir ou esperar algum tipo de castigo divino. Desta
forma, acabamos por acumular em nosso íntimo angústias e pesares
desnecessários, frutos de experiências mal sucedidas que não foram vistas
como aprendizado.
A longa faixa de anos obscuros pelos quais passamos na Idade Média - período
em que a Igreja pregava o temor a Deus e a punição severa de hereges nas
fogueiras e de pecadores nos fogos do inferno -, acabou por fixar no
inconsciente das pessoas a idéia de que todo erro deve ser punido. Esta
espécie de "mandato" parece nos acompanhar até os dias de hoje. São
igrejas,templos e consultórios psicológicos repletos de pessoas buscando
alívio para um sentimento de culpa que insiste em buscar punição. Muitas
pessoas, ao fazerem um exame de sua educação na infância, poderiam verificar
que esse desejo de castigo foi oriundo de uma educação rígida e inflexível,
a qual repreendia severamente qualquer atitude considerada errada por parte
da criança. Para outras, porém, essa mesma idéia pode não ter sido moldada
na vida presente, mas em um passado próximo ou remoto, no qual fomos
consolidando a intransigência com nós mesmos. Então nos perguntamos: como
superar o sentimento de culpa quando erramos? Como assimilar nossos erros
sem buscarmos a autopunição como remédio?
Para Hammed, um benfeitor espiritual e estudioso do psiquismo humano, quando
sempre esperamos perfeição em tudo e confrontamos o lado inadequado de nossa
natureza humana, nos sentiremos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma
aura de fracasso. Dessa forma, aceitarmos nossa falibilidade perante a vida
constitui-se uma tarefa inadiável. Como diz, ainda, o benfeitor árabe,
"somos propensos a cometer erros de cálculo...enganos são inerentes à
condição humana".Tal consciência e aceitação de nossa imperfeição somente
ocorrerão, entretanto, no momento em que reconhecermos nosso lado inadequado
aqueles comportamentos e idéias os quais não admitimos em nós, mas que ainda
fazem parte de nosso ser, embora disfarçados. Ao fazermos essa opção,
passaremos a uma existência íntima de tranqüilidade perante nossos erros, de
maneira a compreendê-los e não mais transformá-los em um calvário de dores e
lágrimas, mas em um jardim florido, na qual cada flor representará um
aprendizado colhido.
Ainda há muito a se fazer para que superemos esse hábito tão arraigado em
nossas mentes. Portanto, da próxima vez que você perceber-se com sentimentos
de culpa, diga a si mesmo:
"- Não sou uma calculadora.... sou um ser humano!"

*Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria e
trabalhador da Sociedade Espírita Amor a Jesus.

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6. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições) - O seu curso de
aperfeiçoamento na Última Flor do Lácio
Rafael Luiz Reinehr

Lição número 16 - Última lição

O Cruzeiro do Sul tem cinco estrêlas!
Clara não sabia nada sôbre sua pátria.
Ela queria estudar.
Ela pediu à sua professôra que a ajudasse.
Sua professôra mostrou-lhe o mapa.
- Aqui está o Brasil, disse a professora.
Brasília é a capital do Brasil.
- Agora sei alguma coisa sôbre o Brasil, disse Clara.
Sei que Brasília é a capital da minha pátria.

Feliz é o homem que ajuda os outros.

É melhor dar do que receber.

A bandeira do Brasil é verde, amarela, azul e branca.
Aparte azul é redonda.
Sôbre o azul aparecem estrêlas brancas.
Numa faixa branca sôbre o azul está escrito:
ORDEM E PROGRESSO.

Em nosso país o povo não gosta de guerra.
O nosso país goza paz.

Roberto está no exército.
É soldado exemplar.
Seu sargento é muito exigente.

Carolino é sargento do exército.
Êle exige exercícios bem feitos.
Carolino é sargento exemplar.
Êle examina os seus soldados diàriamente.

exército exposto fixo peixe
exemplar extraiu táxi caixa
exigente explicou caixote
exame extração

Gabriel tem uma loja.
Os seus tecidos tem côres fixas.
Êle os vende a preço fixo.

Otávio estava com dor de dente.
O dente estava com o nervo exposto.
O dentista extraiu-lhe o dente.
Explicou-lhe como lavar a bôca, depois da extração.

O táxi é carro de aluguel.
Em São Paulo há muitos táxis.
Quem tem pressa, toma táxi.

Na peixaria do senhor Maximiliano há muito peixe fresco.
Os peixes chegaram em caixas e caixotes.
Há peixes expostos no balcão.
Êle vende o peixe a preço fixo.
Maximiliano fica com expressão muito alegre, quando vende todo o peixe.

Os jarros não são caros.
Os jarros são feitos de bom barro.
Ana comprou quase uma dúzia.
Ela os escolheu com cuidado.
Agora já faz dois meses.
Nenhum dos jarros está quebrado.

Quando o senhor viu o Cláudio, êle tinha quatro anos.
Êle nasceu em dezembro.
Agora êle deve ter sete anos.

Às vezes José tem dor de cabeça.
Êle explicou isso ao médico.
O médico o examinou.
O médico disse que êle precisa descansar.
José tem um mês de férias.
Êle está alegre, porque pode descansar durante as férias.

FIM!

Os digníssimos leitores que tiveram a paciência de deixar-se envolver pelas
brumas da Cartilha, certamente podem considerar-se, a partir de hoje,
pessoas melhores. Evoluíram junto com o conhecimento que lhes foi ofertado.
Aprenderam, humildemente, a galgar os degraus que os trouxeram até aqui.
Para aqueles que cabularam alguma das aulas, sugiro que voltem ao início e
estudem tudinho, tintim por tintim, pois, de agora em diante, nosso
Simplicíssimo vai picar um pouquinho mais complicado; para que ele continue
inteligível, sigam meu conselho: estudem com afinco a Cartilha. Ela é sua
chave para desvendar os segredos da Última Flor do Lácio, a Língua
Portuguesa.

Agradeço pessoalmente à Cartilha pois foi ela quem inicialmente ensinou
minha tia Solange, que por sua vez foi quem me ensinou a ler, com 3 anos de
idade. Desde então, sou leitor contumaz. Graças à leitura, nos é
possibilitado o acesso a estímulos valiosos que nos tornam o que somos (ou
deixamos de ser). Estímulos poderosamente mais ricos que os conseguidos
assistindo à televisão, por exemplo.

Obrigado àqueles (poucos) que acompanharam a leitura desta obra, mesmo sem
entender direito o que ela significava, ou achando graça na acentuação
incorreta que remonta aos idos anos 60-70. Grande abraço e segue o baile!...

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7. Escrever por Escrever XVII (excertos)
Rafael Luiz Reinehr

{23/05/2001 - Quarta-feira - 01:20}

Que dias! Segunda trabalhei normalmente, depois fui para a faculdade, saí um
pouquinho antes, vim para casa me arrumar, me vesti à la anos 70 e me mandei
para um "nhoque" na casa do Sérgio Loss, o Loss. Lá conheci Marillion e Limp
Bizkit. O pessoal gostou da minha roupa! Tinha que ter tirado uma foto! O
nhoque tava bom (para mim que não gosto...). Depois fui para o Garagem
Hermética. Vi o show dos Arnaldos e do Frank Jorge. Tava bem legal.
Encontrei 2 ex-colegas meus da Filosofia, um deles o Pedro, ainda vai ser
escritor... (((...)))
Acordei, fui atrasado para o Hospital (cheguei às 9:00), trabalhei, almocei
e fui fazer as medidas hemodinâmicas da tarde. (((...)))
PS: sabe de uma: abrir um agenciamento de familiares: "Você é só? Não tem
filhos? Gostaria de ter um filho ou filha por um dia? E que tal os dois? Ou
você não tem os pais que sonhou? Quer fazer uma experiência com pais novos?
Qual a solução? Ligue já para XXXX-XXXX e solicite uma avaliação do seu
perfil de familiar ideal. Não perca tempo! Se você achava que não podia
escolher seus familiares, agora pode! Junte-se a nós!" {23/05/2001 -
Quarta-feira - 01:50}

{24/05/2001 - Quinta-feira - 16:10}

Na Hora Cultural da África... ...o Ritual do Tamanduá Africano!

0 - 4 - 5 - 9 - 2 - 6 - 7 !

"Demorei mas encontrei você
Que é sincera e agora
Já não quero mais
Essa longa espera, porquê...

Você é meu amorzinho
Você é meu amorzão
Você é o tijolinho
Que faltava na minha construção"

(música tema da Campanha em prol do Hospital da Criança com Diabetes
Conceição)

Festa na casa do Guilherme. Bom. Bem bom! Fui a rigor... Depois, Acústico
(ou era Music Hall?), também bom... Nada de excepcional...
Dormi cedo, mais ou menos 4 horas...
Agora vou arrumar um pouquinho o quarto, depois tocar e então tomar meu
banho. Si falemo! {24/05/20001 - Quinta-feira - 16:31}

{26/05/2001 - Sábado - 21:42}

Sexta: plantão no Conceição... Pizza de calabresa, pedacinho de marguerita,
medidas hemodinâmicas, sepse, vasculite, necrose, tromboangeíte,
trombocitopenia, coagulação intravascular disseminada, síndrome
hemolítico-urêmica, João Marcelo, Hervê e Pérsio, Conde von Schupenpausen
Doucusowski, coisas do gênero...
Sábado: plantão na MAE Emergências Médicas... Média de idade dos
atendimentos: 80 anos... Angina, Crise Hipertensiva, Pneumonia, Ataque
Isquêmico Transitório, Convulsão e Período Pós-Ictal, pão-de-ló, Fruki e
churrasco e, para terminar, Street Fighter no Playstation...
Agora: sono, cansaço, fadiga, desânimo, irritabilidade fácil, inanição...
Amanhã: almoço fora, visita da Juliana, (((...))), plantão em Novo Hamburgo.

- "Faca na bota, ela é faca na bota..."
- "Pois é, eu nem acreditei..."
- "Mas você viu o que ela fez?"
- "Nossa cara, inacreditável!"
- "Inacreditável? Impossível, isso sim!"
- "Impossível, impossível!..."
- "Olha, ainda não estou acreditando..."
- "Acredite, é verdade!"
- "Será? Será mesmo?"
- "Podes crer!"
- "Então tá! Acredito em você!"
- "Podes crer, podes crer!"

Lolita, Doritos, Paquita, Normita, que habita, gosto de caldo de cana,
profana, que abana, em Havana, sem pestnejar, à beira do mar, à luz do luar,
me fazendo sorrir e em seguida chorar... {26/05/2001 - Sábado - 22:02}

{28/05/2001 - Segunda-feira - 22:58}

(((...)))
Domingo dormi até 10 pra uma, fui almoçar com a mãe e a vó no "Sujinho"
(Churrascaria Princesa Isabel), depois fui com a Juliana, minha prima no
Brique, aí deixei a Ju em casa, arrumei as coisas para o plantão (((...))).
Ontem de madrugada, lá pela uma hora, publiquei minha página na Internet.
Olha só o endereço: http://simplicissimo.tripod.com.br. Trata de assuntos
dos mais variados. De tudo, enfim... Sem restrições. Tenho que melhorar, mas
já é um começo. Revolução...
"Toquem o meu coração
Façam a revolução
Está no ar
Nas ondas do rádio
No submundo
Repousa o repúdio
Que vai nos libertar uou!" {28/05/2001 - Segunda-feira - 23:09}

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EDIÇÕES ANTERIORES: www.tudoestaimpressonoeteruniversal.blogspot.com

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LEMBRANDO: Vale qualquer coisa em se tratando de prosa, poesia, contos,
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científicas, teses de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou
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cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
Ressalta-se que, preferencialmente sejam enviadas em formato .txt (pois
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significativas na formatação.

AO ENCAMINHAR UM ESCRITO, MANDE TAMBÉM SEU NOME OU PSEUDÔNIMO E UMA BREVE
(OU EXTENSA) APRESENTAÇÃO DE SUA PESSOA (IDADE, O QUE FAZ DA VIDA, E TE CÉ
TERÁ)

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___________________________ FIM!

Atualmente o Simplicíssimo conta com [111] assinantes + [15] leitores
convidados

Rafael Reinehr 12:04 da tarde

sexta-feira, abril 25, 2003

Simplicíssimo - Jornal Virtual de peridiocidade "a cada 168 horas", mais ou
menos
25/04/2003 - Edição número 20 - Editora SuperJazz7 - The Brains Corp.

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"Atchim! Saúde, né!?"
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1.
Editorial.............................................................Rafael
Luiz Reinehr

2. O pronome *eu* e a atribuição de atitudes proposicionais ..........César
Schirmer dos Santos

3. Espaço místico - Astrologia: o autoconhecimento através do estudo dos
astros......................Daiana da Silva

4. As casas coloridas de Porto...............................Juliana Robin

5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições)..................Rafael Luiz
Reinehr

6. Escrever por Escrever XVI
(excertos).....................................Rafael Luiz Reinehr

7. Kritik und Kommentar

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1. Editorial

Pneumonia asiática (ou canadense) batendo à nossa porta (ou entrando
pela nossa janela) e o mundo segue a girar... Elocubrando: será que esse
vírus não foi manipulado e criado em um laboratório norte-americano e
lançado lá na China (perto da Coréia do Norte, sabe...) durante a guerra (ou
um pouquinho antes) enquanto as atenções estavam voltadas para o Iraque,
para, ao invés de enfrentar o furacão atômico vermelho em outra guerra, o
tal vírus fizesse o trabalho? (é incrível como escrevo frases longas sem
ponto final...; tenho que melhorar isso!) O tal vírus poderia ter sido
inoculado lá por um agente da CIA disfarçado... É abominável pensar isso!
Seguindo o raciocínio, porque não existem casos nos EUA? Talvez porque
casualmente, ainda não tenham chegado lá... Mas também, se vierem a chegar,
a vacina (ou o antídoto já são conhecidos) e só vão ser expostos quando a
população americana estiver em grande risco (ou quando o objetivo de
eliminar parte da população amarela (especialmente norte-coreana) estiver
cumprido. Mas, devaneios a parte, isso daria um bom filme de ação...

Faz algum tempo que não consigo ir ao Sarau Elétrico... Tenho um curso
nas terças até às 22 horas até fim de maio... Para quem não sabe, o Sarau
Elétrico é um dos eventos mais interessantes da noite portoalegrense (é
junto que se escreve?). Lá o Luis Augusto Fischer, a Kátia Suman e o Frank
Jorge, com participação especial do Cláudio Moreno fazem uma das mais
interessantes atividades literárias que se tem conhecimento: leitura de
textos, em prosa e poesia, sempre com um tema interessante, seguido de uma
apresentação musical. Acontece no Ocidente, ali na Oswaldo Aranha, em frente
ao Araújo Vianna, sempre lá pelas 21:00 (nas terças!). Vale a pena conferir.
E não chegue atrasado senão não conseguirás lugar para sentar! A propósito:
tenho que conseguir o e-mail do Frank Jorge para incluí-lo como assinante do
Simplicíssimo. Essa figura é ímpar! O Fischer já incluí. Quem não o conhece,
conhece mas talvez não ligue o nome à pessoa: autor do Dicionário Impreciso
de Porto-Alegrês (que quem ainda não possui, deve ir correndo adquirir!),
entre milhares de outras atividades...

Chegamos à edição de número 20, em exato meio ano de vida! Momento de
comemoração, ainda mais que ultrapassamos a "barreira psicológica" (termo
tão em voga na economia hoje em dia) dos 100 assinantes. Nessa edição,
passamos a contar com exatos 101 leitores (entre ocasionais, assíduos e
"sabe lá há quanto tempo não abriram a caixa de e-mail"). Muito nos honra
esse aumento lento mas gradual do número de bravos resistentes. Em breve,
estaremos ampliando esse número, já que, até julho deste ano, o
Simplicíssimo também terá sua página exclusiva na Internet, após tratativas
com João Francisco C. de Oliveira, consultor e designer gráfico de páginas
de Internet (entre outras funções). Com a página, a interatividade
leitores-jornal e mesmo leitores-leitores será muito maior proporcionando
deleite a prazer aumentados na degustação mental dos artigos publicados.

Nessa edição contamos com uma nova seção inconstante - Kritik und
Kommentar - onde nossos leitores enviam críticas e comentários acerca dos
artigos, ensaios ou textos enviados por outros colaboradores/leitores. Mais
uma vez, "você dono de um jornal"! Sinta-se livre para participar! A
propósito: A Cartilha do Simplicíssimo já está terminando na próxima edição!
Aguardem um substituto à altura!

A Psicodelia Infinita Impressa No Éter Universal está apenas começando!
A jornada é sinuosa e circular ao mesmo tempo... Vamos juntos nessa que quem
tá na chuva é pra se molhar (ou coisa assim...)!

Rafael Luiz Reinehr

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2. O pronome *eu* e a atribuição de atitudes proposicionais
César Schirmer dos Santos
UFRGS

11 de abril de 2003

Lois Lane conhece o Super-Homem e conhece Clark Kent, mas não sabe que os
dois são a mesma pessoa. Ela acredita que o Super-Homem é mais forte do que
Clark
Kent. Isto quer dizer que ela acredita que esta pessoa é mais forte do que
ela mesma?

Suponhamos que Lois Lane seja uma pessoa racional, e que não exista nenhum
problema afetando suas faculdades mentais. Nestas condições, podemos supor
que uma pessoa não acreditaria que alguma coisa ou pessoa é mais forte do
que é,
ou mais pesado ou mais rico do que é etc. De tal tipo de pessoa poderíamos
esperar a crença que algo é tão forte, pesado ou rico (etc.) quanto é.

Se perguntamos a Lois Lane, ela responde que o Super-Homem é tão forte
quanto ele mesmo é, e que Clark Kent é tão forte quanto ele mesmo é. Mas,
como eu
já disse, ela acredita que o Super-Homem é mais forte do que Clark Kent.
Como
resolver o problema da atribuição destas crenças a Lois Lane sem
considerá-la irracional (como eu já disse, essa hipótese deve ser
descartada)?

Comecemos, em primeiro lugar, pela informação disponível a Lois Lane. O
Super-Homem e Clark Kent se apresentam de maneira bastante diferente a ela.
Assim, seu desconhecimento da identidade secreta do Super-Homem não a
constrange, a priori, a suspeitar que a mesma é Clark Kent.

Do ponto de vista dela, sua crença que o Super-Homem é mais forte do que
Clark Kent está plenamente justificada. Ela não comete nenhuma
irracionalidade do
tipo acreditar que exista algum x tal que 'x != x', isto é, ela tem esta
crença apesar de não acreditar que alguma coisa é mais forte do que é.

As dificuldades se apresentam na terceira pessoa, do ponto de vista da
pessoa que atribui crenças a Lois Lane. Do ponto de vista do Super-Homem ( =
Clark
Kent), por exemplo. Digamos que ela expresse a ele esta sua crença, isto é:
que ela diga ao (pessoa que se apresenta a ela como) Super-Homem que o
considera
mais forte do que Clark Kent, ou que diga ao (pessoa que se apresenta a ela
como) Clark Kent que o considera mais fraco do que o Super-Homem. O
Super-Homem / Clark Kent estaria plenamente autorizado a atribuir a Lois
Lane a seguinte
crença: "Lois Lane acredita que eu sou mais forte do que eu mesmo". Ora, ao
mesmo tempo uma tal crença é irracional e corretamente atribuída. Aqui está
o nó deste quebra-cabeças.

A questão dura, do ponto de vista da terceira pessoa, é saber se Lois Lane,
apesar de acreditar, para qualquer x, que 'x = x', acredita que há um x tal
que 'x != x'. Esta questão é importante porque boa parte da comunicação (e
consequentemente da própria racionalidade) humana apóia-se na atribuição de
crenças e outras atitudes proposicionais (como desejo, conhecimento etc.) a
terceiros.

Entendemos, seguindo N. Soames (em "Reflexivity"), que Lois Lane tem *as
duas* crenças. Ela crê (segundo seu próprio ponto de vista) que Super-Homem
é mais
forte do que Clark Kent, apesar de não acreditar que exista algum x tal que
'x != x', e também (segundo o ponto de vista da terceira pessoa) que
Super-Homem é mais forte que Super-Homem, ou que Clark Kent é mais forte do
que Clark Kent
(isto é evidenciado quando Super-Homem / Clark Kent usa o pronome *eu*, como
em "Lois Lane crê que eu sou mais forte do que eu"). De fato
(empiricamente),
sem irracionalidade, Lois Lane crê que não há nenhum x tal que 'x != x', e
também que há um x tal que 'x != x'.

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3. Astrologia: o autoconhecimento através do estudo dos astros
Daiana da Silva

Através do mapa astrológico é possível descobrir os caminhos que cada pessoa
tem de passar

Mesmo de uma forma rudimentar, a astrologia já era praticada na Mesopotâmia,
em torno de cinco mil anos antes de Cristo. Com o passar dos tempos, o
estudo dos astros e sua ligação com a humanidade, foi mudando seu foco e sua
direção. A partir daí surgiram vários ramos que podem ser observados até os
dias de hoje. Conversei com a astróloga e psicóloga santa-cruzense Isabel
Müller, que contou um pouco mais do que vem a ser esta forma de
autoconhecimento.

Foi na Grécia que a Astrologia se estabilizou. Os primeiros grandes
filósofos afirmaram a interdependência do homem com o universo. Desta forma,
desenvolveu-se a Astrologia Pessoal. As informações sobre o coletivo abriram
espaço para o individual. Segundo Isabel Müller, que há dez anos trabalha
com Astrologia para jornais e pessoas de todo o Brasil, as pessoas estão se
dando conta da ligação entre o que acontece na terra e o que está sendo
sinalizado no céu. "As pessoas não procuram mais a Astrologia com o sentido
de uma previsão ou de uma superstição. É muito mais no sentido do
auto-conhecimento, prá entender o que elas vieram fazer aqui, quais as
potencialidades que elas tem", relata a astróloga.

Para fazer esta análise, a profissional desenvolve o mapa astral. Ele é
baseado na data, local e horário de nascimento. "O mapa é um retrato do céu
no momento em que a pessoa nasceu", diz Isabel. Assim, cada indivíduo possui
o seu mapa personalizado. O posicionamento dos planetas naquele instante
será o responsável pelas características particulares de cada um. "Muitas
pessoas tem uma idéia errada da Astrologia, como sendo unicamente o signo.
Na verdade, é um estudo bem complexo que envolve vários posicionamentos
astrológicos", afirma.

Os movimentos planetários sinalizam os acontecimentos na terra. Como este
movimento é constante, cada momento muda conforme a posição que os planetas
assumem. Conforme Isabel, até mesmo a física está revelando o fato de que
tudo é energia e de que existe uma interconexão entre todos os fenômenos. "A
idéia da Astrologia é: assim na terra como no céu, mas mais no sentido de
uma correspondência, porque na verdade tudo está ligado, é só a gente
prestar um pouco mais de atenção", ressalta a astróloga.

Para simplificar os planetas mais importantes do mapa astral, Isabel resume
o sol, ou o signo de cada um, como o presente, o objetivo de cada pessoa
estar viva. A lua significa o passado, a infância e o comportamento ditado
por um condicionamento familiar, biológico ou social. O ascendente
representa a impressão que as pessoas tem daquela pessoa. É a imagem do
futuro do indivíduo. Isabel Müller atende individualmente através do site
www.astroarte.com.br ou pelo telefone (51) 3515 3374.

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4. As casas coloridas de Porto:
Juliana Robin*

Casa Rosa: Na real, o nome é Pink Délik...mas a galera chama de "casa rosa"
mesmo. Fica ali na esquina da Cristóvão Colombo com a Garibadi. Quase toda
sexta (ou sábado-às vezes) rola show por lá, bandas aqui de Porto mesmo,
novas ou clássicas sempre tem um som legal rolando. Graças aos vizinhos
amados, a entrada é itinerante. Às vezes na Garibaldi às vezes na
Cristóvão...mas ultimamente tem sido na Garibaldi. É claro, não pretenda ir
ao banheiro da Casa Rosa (é pra isso q existe o
bambus...hehehe-brincadeirinha). Mas o pessoal eh muito bacana. Parece um
túnel do tempo. Retrô total!
Lembrou-me bastante o antigo Garagem por dentro (algumas partes.) o q me fez
gostar da casa rosa logo de cara! Geralmente a função começa à 1:00 ou 2:00
horas. E são cinco reais para entrar, mas a primeira vez que eu fui, paguei
três reais e um bubaloo (aquele chiclete gosmento..). Enfim, sempre rola do
pessoal ir, ou passar por lá no meio de uma banda, vale a pena.

Casa Amarela: Bom, veja bem, ainda não fui lá. Mas parece legal (pra fazer
aquela média com um parceiro que trabalha lá)...hehehe. Passei pela frente e
estava cheio... tocando uma banda de rock n roll psicodélico daqui de Porto,
bem legal! Para a minha enorme surpresa, a casa amarela é realmente
amarela!! (sinceramente eu não esperava por isso)...hehehe. Bom, essas são
todas as informações que eu posso dar...seria uma boa se vocês pudessem ir

e conferir para dar umas dicas para esse ser aqui!! (isso, vamos trocar
figurihas..que bonitinho!!) Mas eu prometo que vou lá logo, logo. E nas
próximas edições já terá alguma coisa sobre a Casa Amarela aqui, ok?

Revolver: um lugar muito legal! Bah, por falar nisso estou devendo uma
Barbie pro pessoal colocar na porta de um dos banheiros.sim, porque um dos
três nao
tem porta...o clássico banheiro sem porta do revolver...heheh.Tem também um
estúdio muito bom lá: ar condicionado, bom espaço e som legal! Quando rola
banda, o pessoal fica tocando no estúdio e o show é transmitido (arram,
igual a doença) para uma televisão no andar de cima (acho que tem três
andares...). O espaço é bem legal e a decoração já vale a "ida"! Reza a
lenda que tem também uma pizzaria lá (mas eu nunca vi...nem sob efeito de
nenhuma
droga). Tem uma mesa de sinuca no andar bem de baixo (bah, quanto coisa
nesse Revolver, heim!?)...hehehe. Talvez tem mais várias coisas lá q a minha

filosofia não consegue alcançar, mas tu só vai descobrindo quando vai
vencendo as fases e mudando de nível (ih.tri "video game" ou não...). Bah...

Bambus: se você está por essas bandas é certo que você vai dar uma
passadinha no Bambus, seja para ir no banhiero, comprar uma bebida ou
cigarro ou para tentar levar uma garrafada na cabeça mesmo...hehehe
(brincadeirinha. Se não vocês não vão!...heheh). Sexta-feira é quando o
pessoal aparece em peso, é praticamente impossível não encontrar alguém
conhecido por lá (a não ser que você seja um ermitão ou realmente
anti-social). E mesmo que não conheça, vai conhecer certo...(a não ser que
você seja reeeealmente anti-social. Bah!) heheh. Vai lá e confere, é um
barzinho legal p encontrar a galera. Beber algo ou até mesmo comer alguma
coisinha(se pintar aqueeeeela larica. Heheh),é o tipo do lugar que TEM que
ir e ver qual é.

Especial!!! Em primeira primeiríssima mão(ou nem tanto): "adivinhem se a
'metida mor' aqui já não meteu o nariz no NOVO GARAGEM HERMÉTICA?!?!?!
Reformado, pintado e de sofá novo!!! Sim, sofá novo (aquele antigo foi para
a Fun House. Mas quem não suportar a ausência do "fofinho" pode ir na casa
dos
guris matar as saudades.).
Depois de muito trabalho e muito suor do Fernando e do Ademir (parceria que
me permitiu a emocionante entrada ao saudoso Garagem durante uma noite de
quarta feira... e que merece até umas boas linhas à parte aqui no
Siplicíssimo, o cara realmente ajudou e agitou para que o Garagem voltasse
às suas atividades.) o "barulho" mais confirmado das noites de Porto prepara
os últimos detalhes para uma super volta! Mais espaçoso, na sua nova versão
em que o camarim desapareceu e o palco trocou de lugar com o bar, o Garagem
tem agora um "altar" especial para aqueeeela porta da entrada (entre a
entrada e o antigo "hall") que tem muita história pra contar-muitas
assinaturas e inclusive uma faixa de "interditado".
Arte é o que não falta pelas paredes internas. E no gancho "Casas Coloridas
de Porto" fiquei sabendo que o antigo laranja da fachada logo será
substituído por uma cor nova e inusitada (ai ai ai, o que nos espera?!?!?).
Independente da cor, ou da "disposição dos móveis" vou seeeempre me sentir
em casa (olha o texto umbigal aí!!). Agora sou a filha que se sente segura
novamente por ter sempre um porto seguro para ancorar quando a noite estiver
me sugando as últimas energias e eu estiver fugindo de um lugar chato, som
ruim ou até mesmo do conselho tutelar (eh phoda, pirralha é assim mesmo.)!

*Esta é uma pequena e singelinha apresentação do ser que vos escreve, ser
que
apesar de dormir abraçado com uma joaninha de pelúcia gigante, é gente boa.e
tem o maior prazer e honra de escrever para o Simplicíssimo.
É mesmo de se estranhar que uma guriazinha metida que anda de preto e ainda
por cima tem de fugir do conselho tutelar, escreva algo sobre as "casas
noturnas" de Porto. Mas eu juro que GOSTO disso e me "puxo" para dar um
informação descontraída e completa..e me diga: existe algo melhor do que
fazer o que se gosta?(Se existe, por favor me diga..mesmo..hehehe). A minha
boa vontade está a disposição do zine e dos seus leitores(sim, vocês!!) que
podem(e devem!!) dar suas dicas e meter suas respectivas
colheres..aliás(sempre que digo ou escrevo "aliás" imagino várias
"elefantas" de circo passando na minha frente..porquê?! Não sei.), meu
e-mail é jugothic@hotmail.com está aberto para receber o seu "oi", sua
sugestão ou o seu xingamento(ai, coitadinha de mim.sou tão sensível.se
xingar xinga de leve, tá?!).Espero que gostem, se divirtam ou pelo menos não
sintam vontade de se matar após ler meus textinhos!
Beijos Ju

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5. A Cartilha do Simplicíssimo (em 16 lições) - O seu curso de
aperfeiçoamento na Última Flor do Lácio
Rafael Luiz Reinehr

Lição número 15

O môço de blusa azul é Cláudio.
Êle ensina em nossa classe noturna.
A classe noturna é para os trabalhadores.
A classe está estudando geografia.
Ontem Cláudio nos mostrou um globo.
O globo parece uma bola.
Êle disse que o globo representa o mundo.
Ensinou que o mundo não é plano.
É redondo como uma bola.
No globo há o mapa do Brasil.
O Brasil é a nossa pátria.

pla cla glo flo blu
plano classe globo flor blusa
planta Cláudio

- Você sabe tocar flauta?
- Não, eu não sei tocar flauta.
- Mas eu gosto de tocar guitarra.
E meu primo toca clarineta.
- Que é clarineta?
- É um instrumento de sôpro como a flauta.
- Você conhece muitos instrumentos?
- Conheço flauta, guitarra, clarineta e gaita.

gaita clarineta

guitarra gui

i ê é
gui gue gue

João sabe guiar bem.
Êle tem carteira de motorista.
Êle pode guiar jipe.
Êle pode guiar caminhão.

Guiomar queria um emprêgo doméstico.
Ela arranjou emprêgo na casa de dona Guida.
Mas não sabia ir até lá.
Uma criança guiou-a até à casa de dona Guida.
No dia seguinte Guiomar começou a trabalhar.

Júlio queria procurar emprêgo em Brasília.
Não tinha carteira de motorista.
Não tinha caminhão.
Arranjou caminhão para levar a família.
O motorista queria ir no dia seguinte.
No dia seguinte êles viajaram.

gui gui gue
guiar seguir guerra
guiando seguinte

quatro qua

desce esce

Mário tem quatro anos.
Êle começou a descer a escada e quase caiu.
Mário deve descer a escada com cuidado.
O irmão de Mário nasceu em dezembro.
Êle tem quatro meses.
Êle não pode descer a escada.

ô a ó ê i é
quo qua quo asce asci asce

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6. Escrever por Escrever XVI (excertos)
Rafael Luiz Reinehr

{15/05/2001 - Terça-feira - 22:42}

Aqui estou, vendo Casseta & Planeta, comendo Cheetos original e matutando...
Bem, estamos sem ensaiar com a The Brains há mais de 6 meses, acho...
Gostaria de reativá-la e gravar logo um CD com as nossas músicas... Tem
algumas bem legais, que o público iria gostar. Dava até para tocar por aí...
"Porto Alegre é tão pequena, e tão ingênua
Estamos longe demais das capitais..."

Porto Alegre é mesmo pequena. É incrível como eu encontro pessoas conhecidas
em qualquer lugar que eu vá! Não consigo me esconder de ninguém se quiser.
Isso é preocupante quando não se quer encontrar determinadas pessoas.
Tive uma idéia esses dias: fazer uma espécie de "Árvore Genealógica" ou
"Árvore Amigológica", onde vou colocar os nomes e relações com meus
principais amigos e conhecidos, e aproximadamente quando e onde nos
conhecemos. Depois de pronto, vai ser bem interessante! Posso fazer algo
também como uma "Linha da Vida", colocando de forma cronológica as pessoas à
medida que as fui conhecendo! Cool!
Certamente deixarei muitas pessoas de fora, mas o objetivo não é fazer um
resgate histórico completo, mas deixar registradas minhas amizades a partir
de agora...
Dia 24 de maio vai ter paralização nacional dos médicos residentes
novamente, para pedir reajuste dos 7 anos sem aumento da bolsa de
residência. Que vergonha! Olha, eu fico muito indignado com isso. Poderia
ter uma qualidade de vida muito melhor e não precisaria estar fazendo esses
"bicos" por aí para complementar a renda. Espero que dessa vez tenhamos
retorno do governo federal. Duvido muito, mas... dizem que a Esperança é a
última que morre...
Banda Larga. {15/05/2001 - Terça-feira - 23:08}

{19/05/2001 - Sábado - 20:59}

Tãmus aí pru qui dé i vié morô!?
Tô aqui com a Carol, que está em PoA desde ontem. Ontem ela passou parte da
manhã comigo lá no HNSC, depois fomos comer pizza na Cia. Das Pizzas, aí
viemos para casa, fomos "um pouquinho" para embaixo das cobertas e, bem,
realmente não consegui ir para minha aula de Antropologia Visual. Sem
condições!... À noite fomos na janta de reencontro da minha turma da
faculdade; um churras lá na sede da AMRIGS. Bem bom rever aquelas caras
todas! Devia ter uns 30 ou 40 colegas. Cada um lembra uma história! Viemos
para casa cedo, cerca de meia-noite e meia...
Hoje acordamos quase ao meio-dia, fomos almoçar no chinês, encontramos a
Sabrina, lá de Agudo, depois fomos no Brechó By Lu, ali na Oswaldo Aranha,
onde me diverti pra caramba e acbei comprando R$ 531,00 em roupas usadas. Du
caramba. Muito legal. Comprei 2 ternos, uma calça, dois casacos de peles, um
casaco de couro, várias gravatas, um óculos, um boné que nem o do Chaves e
uma espécie de manta, que tem um nome específico mas que não me vem a cabeça
agora. Ah! Também comprei três camisas muitcho loucas! Daqui a pouco vou
abrir meu próprio Brechó!
Depois, fomos no Cinemark para assistir Miss Simpatia, com a Sandra Bullock.
Vale a pena! Bem divertido. Dá para rir de montão! Além do que, aquela
mulher é um tesão!!! Que deusa!!!

Agora eu e a Carol vamos jantar com o Basso e a Dani e o Ghisolfi e a
Vanessa, a nova "namo" dele, lá no Marcellu's, na Protásio Alves (rodízio de
filés!). Depois acho que vamos sair. Que frio! Amanhã a Carol já vai embora.
Amanhã também vem minha vó. Vozinha Helga! À noite trabalharei em NH
novamente. Bem, escrevo lá denovo. Hugs... {19/05/2001 - Sábado - 21:12}

{20/05/2001 - Domingo - 22:22}

"Minha filha pelo amor de Deus, não vá pra Oswaldo Aranha..."

Carolina, Cíntia, Clarissa, Débora, Evelise, Juliana, Juliana, Karla,
Luciana, Maria Cláudia, Mari, Michele, Michele, Michele, Michele, Weruska,
nomes e pessoas, significados e significâncias, significantes e pouco
significantes, coisas e loisas, coisa e tal...
Tantos nomes, tantas pessoas, paradas na esquina, assistindo a cena, tantos
problemas, ecos na esquina, lendo jornais e além do mais não querem nem
saber, só sabem escrever quando não lêem o que escrevem, escrevem sem
querer, ser o que não são, não é a solução, é o respeito por aquilo que é
feito, sem jeito, mas... ...que jeito!
Não me decido. E sei que tenho. Sei que devo. Não é certo fazer o que estou
fazendo. Não é ilegal, mas não é legal... Ficar com as pessoas e lhes dar a
falsa sensação de que são as únicas em minha vida. Sensação essa que eu
gostaria que fosse verdade, ou seja: gostaria de estar realmente apaixonado
por uma pessoa só, amando e sendo amado, sem ao menos ter vontade de olhar
para o lado. Mas não estou assim. Talvez eu seja assim, mas não estou
assim...
Hershey's chocolates...
Vou dar uma lida em alguns textos agora. Tenho que fazer uma espécie de
"dicionário" de termos políticos. Vai ser interessante. Ainda tenho que
escrever meu texto: "A Queda da Bastilha e a Queda de Brasília". Vai ficar
para outra hora.
Vamos criar o NEAA: Núcleo de Estudos Aleatórios Avançados. Terá vários
departamentos: de Ufologia, de "Estratégias Alimentares", de Medicina, de
Filosofia, e assim por diante. Esperemos. Funcionará? {20/05/2001 -
Domingo - 22:38}

{20/05/2001 - Domingo - 22:57}
Agora há pouco tive uma idéia: mudar meu sobrenome. É: mudar meu sobrenome!
É ele quem identifica minha prole, minha família. Gostaria de ser o
patriarca de uma nova família. É uma idéia que tenho que maturar. Enquanto
isso, vou pensando em alguns sobrenomes interessantes, como Mc
Losereinehrkann ou coisas do gênero... {20/05/2001 - Domingo - 23:00}

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7. Kritik und Kommentar

Olá César,
Aqui é o Eduardo, um amigo do Rafael e um recente contribuinte do
Simplicíssimo. Escrevo porque achei bem interessante seu texto (parabéns) e
porque ele coincidiu com algumas de minhas reflexões. Aliás, vejo com
esperança o fato de muita gente ter se voltado para o tema ultimamente.
Graças a Deus, a Bush ou a ambos (note que, diferentemente do que este
último pensa, não são, definitivamente, a mesma pessoa). Ocorre que, por
ocasião da derrubada dos inúmeros monumentos e estátuas de Saddam, senti um
grande vazio e mesmo um sentimento de desolação. Não era nada parecido com o
momento da derrubada do muro de Berlim (Alemanha - daí o link com seu
artigo), onde o mundo vibrava e entoava em coro todo e qualquer hino de
liberdade. Uma manifestação notoriamente genuína e global, sem nenhuma
contestação da sua legitimidade. O discurso de Bush bem que tentou, mas de
início sua cara forçada de "santo do pau oco" já nos fez descrer do conteúdo
de suas palavras. Talvez se todos nós tivéssemos o Q.I. que ele tem, seria
diferente. Bush adentrou o país para libertar o povo iraquiano, mesmo que
isso fosse entendido como a oportunidade de suas almas deixarem seus corpos
secos. E em meio a desorganizadas manifestações de diferentes grupos de
guerrilhas, população saqueando a si mesmo e outros absurdos humanos, os
E.U.A. partem para o país vizinho. Deve ter um grande tabuleiro do jogo WAR
no salão principal da Casabranca. Fico imaginando toda a cúpula do país
(para eles a cúpula do mundo ou quem sabe até mesmo da via láctea) entertida
em seu passatempo preferido. E a tática dos então auto-entitulados "senhora
do universo" é aquela tipicamente usada pela criança mal-educada (de falta
de educação mesmo, ausência de tão saudáveis e maduros limites): "eu quero,
eu quero e eu quero!". A mãe ONU bem que tenta, mas a criança, dotada de
todo poderio bélico e tecnológico, parte para a ação: "ou dá ou desce". Que
espetáculo estamos assisitindo. Um "toma lá dá cá" sem fim. No fatídico 11
de setembro, assisita as cenas dantescas que a mídia nos oferecia em tempo
real e aliava-me aos nova-iorquinos em seu sofrimento, quando o prefeito da
cidade interompe as imagens entonando uma grande besteira, mais ou menos
assim: "vejam como a população está empenhada na busca de sobrevivientes e
auxílio aos feridos. Por isso somos o melhor povo do mundo!". Desliguei a TV
e vi meus mais recentes sentimentos voltarem-se contra o povo americano por
força do próprio povo americano. Mas ao longo do tempo, a história tem nos
mostrado que toda civilização com tal ânsia de conquista acaba por ter um
fim medíocre. E por vezes me pergunto se a nós so resta esperar ...

Um abraço e obrigado por cutucar meus neurônios.

Eduardo Hostyn Sabbi

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MÃO NO BARRO E VAMOS BRINCAR DE FAZER ARTE, DE CRIAR E ESPALHAR NOSSAS
CRIAÇÕES.

LEMBRANDO: Vale qualquer coisa em se tratando de prosa, poesia, contos,
crônicas, divagações, teorias, letras de música, receitas culinárias,
reproduções de pedaços da lista telefônica, extratos bancários, excertos de
livros que te chamaram atenção, citações, resenhas, resultados de pesquisas
científicas, teses de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou
pós-pós-doutorado, opiniões, sugestões, insultos e ofensas, redações e
composições do tempo da infância, etc., ou seja, qualquer forma de expressão
cultural na forma escrita que possa ser reproduzida nestas páginas.
Ressalta-se que, preferencialmente sejam enviadas em formato .txt (pois
ocupa menos espaço). Caso seja enviado em .doc ou .htm, podem haver perdas
significativas na formatação.

AO ENCAMINHAR UM ESCRITO, MANDE TAMBÉM SEU NOME OU PSEUDÔNIMO E UMA BREVE
(OU EXTENSA) APRESENTAÇÃO DE SUA PESSOA (IDADE, O QUE FAZ DA VIDA, E TE CÉ
TERÁ)

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___________________________ FIM!

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Rafael Reinehr 12:03 da manhã


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